Para se precaver de possíveis faltas no mercado, Governo de Minas cria Plano de Contingenciamento de Imunização
Quando a vacina contra o coronavírus chegar, Minas Gerais quer estar preparado para recebê-la. Para isso, já foi traçado o Plano de Contingenciamento de Imunização para a covid-19 do Governo de Minas, com objetivo de se precaver para qualquer imprevisto. Em seis meses, o Estado espera se estruturar para aplicação e armazenamento das doses e para dar assistência à população no pós-vacina.
As ações estratégicas adotadas antes mesmo de ter uma vacina aprovada consideram uma possível corrida mundial para a aquisição de insumos referentes ao armazenamento e aplicação do imunobiológico quando for validado, causando um aumento nos preços desses itens e a falta deles no mercado.
“O objetivo do plano é organizar nossas ações e estratégias para a imunização, abordando as fases de pré-campanha, fase de campanha e pós campanha. O foco, primeiramente, é a fase de pré-campanha, na qual vamos preparar a rede de Saúde de Minas para aquela que pode ser considerada a maior vacinação do planeta”, ressalta o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral.
Planejamento
“Trata-se de uma fase de planejamento para quando as doses estiverem disponíveis. Estamos trabalhando com uma previsão de que, em seis meses, isso ocorra, por isso, precisamos adequar nossa rede para recebê-las. Fizemos esse plano para que não haja empecilhos nem dificuldades de compras diante da alta demanda que haverá”, comenta Janaína Fonseca, diretora de Vigilância de Agravos Transmissíveis da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG).
No planejamento estadual, está prevista a compra de seringas, que é um dos insumos que podem faltar quando a vacina estiver disponível. Outro processo de aquisição, que está em avaliação pelo Estado, são os refletores para a Rede de Frio e câmaras de refrigeração para regionais e municípios – usadas no armazenamento das vacinas. Também estão sendo cotados os valores de aluguéis de contêineres para depósito das imunizações. O projeto prevê, ainda, a capacitação de profissionais e o diagnóstico das regionais.
Centros Especializados
Uma das medidas previstas no Plano de Contingenciamento é a implementação de Centros de Referência em Imunobiológicos Especiais (Crie) e Vigilância de Eventos Adversos Pós-Vacinação. Segundo explica Janaína, o Crie é um serviço novo no estado, existente apenas nos municípios de Belo Horizonte e Juiz de Fora.
O Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais é o local onde são encontradas vacinas, imunoglobulinas e soros indicados em situações especiais, tais como pessoas com doenças ou condições especiais de saúde e que precisam de vacinas não contempladas no Programa Nacional de Imunizações ou profilaxias pós-exposição a animais e a material biológico. A intenção é estruturar um Crie estadual no Hospital Eduardo de Menezes, que servirá de referência para os demais estados.
Como Belo Horizonte já possui um Crie implantado atualmente, o Estado contará com 15 centros, a partir da definição e implantação desta nova política. Para isso, está em fase de elaboração edital para municípios interessados na implantação dos centros.
De acordo com o documento, a demanda de vacinas para a imunização da população contra a covid-19 deve ser estimada, atentando-se para o quantitativo de doses necessárias para cada grupo prioritário da campanha. Deve-se primar pelo uso consciente, bem como ter disponíveis as vacinas no tempo certo em quantidade e qualidade desejável.
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