Nascimento de bebês antes de 37 semanas de gestação coloca o Brasil em 10º lugar no ranking mundial de prematuridade
A prematuridade é um importante problema de saúde pública e a sua incidência continua alta em todo o mundo. No Brasil, a porcentagem de nascimentos pré-maturos – aqueles que acontecem antes de 37 semanas de gestação -, é próxima de 12%, sendo que 70% desses bebês são prematuros tardios. O país ocupa a 10ª posição no ranking mundial de prematuridade com cerca de 300 mil bebês prematuros por ano. A maioria dos casos decorre de gestações na adolescência ou tardias, pré-natal deficitário e doenças maternas. Os dados são da organização não governamental (ONG) Prematuridade.com.
Na avaliação da coordenadora e pediatra da UTI Neonatal do Madrecor Hospital, de Uberlândia-MG, Daniela Marques, esses números reforçam que a prematuridade é um importante problema de saúde pública, por isso, faz-se necessário que medidas sejam tomadas para a prevenção de nascimento de bebês prematuros. “Essas medidas iniciam-se antes mesmo da mulher engravidar. É preciso que ela esteja em boas condições de saúde, que mantenha uma alimentação saudável, pratique atividade física de forma regular, tenha higiene mental combatendo o estresse para que engravide nas melhores condições e, durante toda a gravidez, é importante que ela preserve esses mesmos cuidados, faça um acompanhamento pré-natal adequado no sentido de tentar detectar mais precocemente qualquer alteração na gestação para que seja tratada de forma adequada e, assim, prevenir o nascimento do bebê prematuro”, orienta a médica.
Todavia, Daniela Marques salienta que, caso não seja possível prevenir, é importante que a gestante procure um hospital, que tenha uma assistência adequada, para dar à luz a esse recém-nascido prematuro. “Porque ele necessita de uma atenção especial, desde o seu nascimento, na sala de parto, e deve ser reconduzido a uma unidade neonatal que ofereça todos os recursos necessários para a sua pronta recuperação. Alguns bebês precisam apenas de uma unidade de cuidados intermediários, mas outros requerem cuidados intensivos em uma UTI Neonatal, por isso a importância do nascimento em local adequado”, argumenta a pediatra do Madrecor Hospital.
Informações: fatores de risco
Os principais fatores de risco para o parto prematuro são bolsa rota/ruptura prematura de membrana, hipertensão crônica, pré-eclâmpsia, descolamento prematuro da placenta, placenta prévia, malformações uterinas, infecções uterinas e malformações fetais.
Já os sinais e sintomas do trabalho de parto prematuro incluem contrações a cada dez minutos ou mais, mudanças na secreção vaginal, pressão pélvica, dor lombar, cólicas menstruais e cólica abdominal com ou sem diarreia.
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