Inovações permitirão maior controle operacional e poderão garantir ainda mais eficiência às Estações de Tratamento de Esgoto
As Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) em Araxá, Frutal, Paracatu e Patos de Minas receberam, neste mês de janeiro, os chamados amostradores automáticos. A nova tecnologia ajudará a melhorar ainda mais a eficiência das unidades. Com isso, cerca de 410 mil pessoas desses municípios serão beneficiadas.
Os equipamentos foram instalados nos canais denominados “pontos de coletas”, localizados antes da etapa inicial de tratamento e após a etapa final, e programados para colher amostras do esgoto tratado a cada 20 minutos. Essas amostras são recolhidas pelos empregados e levadas ao laboratório da unidade para realização de criteriosas análises, que constatarão se o efluente está devidamente tratado e pronto para retornar à natureza sem causar danos a ela.
O supervisor de tratamento de efluentes, Elton Dornelas, explicou como a inovação contribui para a qualidade da prestação do serviço de esgotamento. “De forma manual, as coletas seriam realizadas a cada hora, podendo haver atrasos decorrentes de outras atividades. Durante esse intervalo, poderia chegar no efluente alguma substância que não seria detectada. Já automaticamente, esse risco é amenizado, pois coletas frequentes são mais representativas. Boas amostragens são condições para resultados fidedignos, garantindo maior controle no tratamento, de forma que permita não só atender, mas até superar as métricas estabelecidas pela legislação e órgãos regulamentadores”, destacou. Os oito amostradores automáticos adquiridos estão avaliados em quase R$145 mil.
Otimização da operação
Segundo Renato Carvalho, gerente da Unidade de Serviço de Apoio Operacional Oeste (USOO), os benefícios vão além da pontualidade. “Agora os operadores não precisarão permanecer todo o tempo disponível para as coletas. Poderão ser redirecionados para outras frentes de serviços, dando maior celeridade às atividades de operação necessárias nos municípios”, concluiu.
Processo de análises
Os novos instrumentos de amostragem e controle favorecem a realização de várias análises, mas especialmente a medição do nível de Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), ou seja, a quantidade de oxigênio consumida por microrganismos presentes nas amostras dos efluentes. Isso significa que, quanto menor for esse índice, melhor os resultados do tratamento.
Capacitação e assertividade
Para garantir a correta calibração dos equipamentos, os operadores das ETEs, técnicos de tratamento, e técnicos de laboratório passaram por treinamento, onde aprenderam, na primeira fase, a teoria sobre os aparelhos e suas plataformas de dados, e na segunda fase executaram a parte prática.
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