As flores encomendadas
Um grande carro de luxo parou diante do pequeno escritório à entrada do cemitério e o chofer, uniformizado, dirigiu-se ao vigia.
– Você pode me acompanhar, por favor? É que minha patroa está doente e não pode andar. Quer ter a bondade de vir falar com ela? – Uma senhora de idade, cujos olhos fundos não podiam ocultar o profundo sofrimento, esperava no carro.
– Nestes últimos dois anos mandei-lhe cinco dólares por semana.
– Para as flores, lembrou o vigia.
– Justamente. Para que fossem colocadas na sepultura de meu filho.
– Vim aqui hoje – disse, um tanto consternada – porque os médicos me avisaram que tenho pouco tempo de vida. Então, quis vir até aqui para uma última visita e para lhe agradecer.
O funcionário teve um momento de hesitação, mas, depois, falou com delicadeza:
– Sabe, minha senhora, eu sempre lamentei que continuasse mandando o dinheiro para as flores.
– Como assim? Perguntou a senhora.
– É que… a senhora sabe… as flores duram tão pouco tempo, e afinal, aqui, ninguém as vê…
– O senhor sabe o que está dizendo? – Retrucou a senhora.
– Sei, sim minha senhora. Pertenço a uma associação de serviço social, cujos membros visitam os hospitais e os asilos. Lá, sim, é que as flores fazem muita falta. Os internados podem vê-las e apreciar seu perfume.
A senhora deixou-se ficar em silêncio por alguns segundos. Depois, sem dizer uma palavra, fez um sinal ao chofer para que partissem.
Apenas alguns meses depois, o vigia foi surpreendido por outra visita. Duplamente surpreendido porque, desta vez, era a própria senhora que vinha guiando o carro.
– Agora eu mesma levo as flores aos doentes, explicou-lhe, com um sorriso amável. O senhor tem razão. Os enfermos ficam radiantes e faz com que eu me sinta feliz. Os médicos não sabem a razão da minha cura, mas eu sei: é que eu reencontrei motivos para viver. Não esqueci meu filho, pelo contrário, dou as flores em seu nome, e isso me dá forças.
Faça sempre o que você quer para você!
Quando quiser presentear alguém, não importa quem – seja para o aniversário de seu amigo(a), o brinde que sua empresa dará ao cliente ou a lembrancinha de Natal àquela sua tia distante – pense sempre antes: EU GOSTARIA DE RECEBER ESTE PRESENTE?
Antes mesmo de imaginar se ela gostaria ou não do presente, é mais importante que, antes, você tenha a certeza de que o presente também te agrade.
PRESENTEAR as pessoas pode ser tão – ou mais – prazeroso do que GANHAR presentes. A sensação de felicidade ao você separar um pouco de tempo, dinheiro e energia é revigorante. Mas, faça com carinho: escolha algo que VOCÊ gostaria de ganhar e, depois, questione-se se é “a cara” do presenteado.
Assim, façamos relações sustentáveis – dando e recebendo – a tal da Lei da Reciprocidade. Ela existe! E sua avó já te avisava disso: É dando que se recebe!
Abraços de seu amigo Zeppa!
Sua avó já te avisava disso: É dando que se recebe!
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