Alunos nesta modalidade chegaram a quase 1,8 milhão no ano passado, o equivalente a 21,2% do total de matrículas em todo o ensino superior
Número de cursos também aumentou 26,8%, de 2016 para 2017, passando de 1.662 para 2.108
Um em cada cinco estudantes matriculados no ensino superior estuda a distância, de acordo com o Censo da Educação Superior divulgado na quinta-feira (20) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Enquanto o ensino presencial apresentou queda nas matrículas, a educação a distância (EaD) registrou crescimento.
Segundo os dados do Censo, as matrículas em EaD cresceram 17,6% de 2016 para 2017. Os estudantes de educação a distância chegaram a quase 1,8 milhão em 2017, o equivalente a 21,2% do total de matrículas em todo o ensino superior. O número de cursos no país também aumentou, de 2016 para 2017, passou de 1.662 para 2.108, o que representa aumento de 26,8% – maior crescimento desde 2009, quando o país passou dos 647 cursos registrados até 2008 para 844 cursos.
O percentual de professores formados em cursos EaD também aumentou em 2017. Segundo os dados do Censo, em 2016, aproximadamente 42,1% das matrículas em licenciaturas eram a distância. Esse percentual passou para 46,8% em 2017. Ao todo, as licenciaturas representam 19,3% das matrículas no ensino superior.
Em relação à formação dos professores que atuam nos cursos EaD, eles são, em grande parte, mestres. Enquanto na educação presencial, os professores com doutorado representam 51,1% do total, na EaD, eles representam 41,8%; outros 46,5% têm a formação até o mestrado.
A educação a distância tem conquistado também os cursos tecnológicos, com 46% do total das matrículas. Esses cursos, que podem durar dois ou três anos, são geralmente mais curtos que os bacharelados e mais voltados para a inserção no mercado de trabalho e representam 12,1% do total de matrículas no ensino superior.
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