Abate de suínos no 2º trimestre é recorde da série histórica
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Abate de suínos no 2º trimestre é recorde da série histórica

Abate de suínos no 2º trimestre é recorde da série histórica

O Brasil registrou o abate de 13,04 milhões de cabeças de suínos no 2º trimestre de 2021, um recorde na série histórica, iniciada em 1997. Essa quantidade representa alta de 7,6% em relação ao mesmo período de 2020 e aumento de 2,9% na comparação com o 1° trimestre de 2021. O resultado é da Estatística da Produção Pecuária, divulgada hoje (10) pelo IBGE, que também mostra que foram abatidas 1,52 bilhão de cabeças de frangos. Esse número significa o melhor 2º trimestre na série histórica da pesquisa e representa um aumento de 7,8% em relação ao mesmo período de 2020, mas queda de 3% na comparação com o 1° trimestre de 2021.

No que diz respeito aos bovinos, foram abatidos 7,08 milhões de cabeças, número mais baixo para um 2º tri desde 2011 e 4,4% inferior à do 2° trimestre de 2020, ainda que 7,4% maior que a do 1º trimestre de 2021.

De acordo com Bernardo Viscardi, gerente da pesquisa, o resultado recorde das exportações de carne suína in natura, com o pico das vendas para o exterior em junho, ajudou a compor esse cenário. “O consumo interno também foi importante, já que o preço da carne do porco é mais acessível do que a de boi”, ressalta o analista.

No abate de bovinos, manteve-se a tendência iniciada em 2020, com a retenção de fêmeas por conta do elevado preço do bezerro. Apesar da retração do abate, o volume de carne bovina in natura exportada foi o segundo maior obtido em um 2º trimestre, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia (SECEX/ME), com recorde para o mês de abril (125,50 mil toneladas).

A exportação também colaborou para os números do abate de frangos, já que alcançaram o melhor patamar desde o terceiro trimestre de 2018. “Aliado à boa liquidez do mercado doméstico, este fato contribuiu para elevar os preços da carne e do animal vivo”, afirma Viscardi.

Na entressafra, aquisição de leite cai; produção de ovos bate recorde para um 2º tri

A aquisição de leite cru foi de 5,82 bilhões de litros no 2º trimestre de 2021. Esse número equivale à redução de 1% em relação ao 2° trimestre de 2020 e queda de 11,4% em comparação com o trimestre imediatamente anterior.

Viscardi lembra que o setor tem comportamento cíclico, já que os 2° trimestres regularmente apresentam a menor produção anual por conta do período mais seco. “Nesse ano, a seca foi mais intensa em muitos estados produtores, principalmente nas regiões Sul e Centro-Oeste, o que afeta as pastagens, a alimentação natural da vaca. E o preço dos insumos da ração, suplementos necessários nessa condição, também ficaram mais caros”, explica o analista. Embora o preço do leite tenha aumentado para o consumidor final, essa alta não foi na mesma ordem do preço dos insumos da suplementação. “É mais difícil repassar o aumento de custo para o consumidor final, o que naturalmente desencoraja a produção”, complementa.

Ainda assim, o resultado representa a 3ª maior captação de leite acumulada em um 2° trimestre, abaixo dos resultados alcançados em 2020 (5,87 bilhões de litros) e 2019 (5,86 bilhões).

Já a produção de ovos de galinha alcançou a marca de 985,70 milhões de dúzias no 2º trimestre de 2021, alta em relação ao apurado no 2º trimestre de 2020 (0,9%) e em relação à produção do 1º trimestre de 2021 (0,5%). Com isso, a produção bateu recorde para um 2º trimestre, sendo a quarta maior produção da série histórica da pesquisa, iniciada em 1987.

A Pesquisa Trimestral do Couro mostrou que 7,51 milhões de peças de couro foram recebidas em curtumes, alta em relação ao 2° trimestre de 2020 (2,6%) e na comparação com o 1° tri de 2021 (6,2%). Apesar do crescimento, a aquisição do couro está próxima aos níveis de 2003, já que, atualmente, há redução de bovinos disponíveis para o abate.

Mais sobre a Pesquisa Trimestral do Abate de Animais

A pesquisa fornece informações sobre o total de cabeças abatidas e o peso total das carcaças para as espécies de bovinos (bois, vacas, novilhos e novilhas), suínos e frangos, tendo como unidade de coleta o estabelecimento que efetua o abate sob fiscalização sanitária federal, estadual ou municipal. A periodicidade da pesquisa é trimestral, sendo que, para cada trimestre do ano civil, os dados são discriminados mês a mês.

A partir do primeiro trimestre de 2018, atendendo solicitações de usuários para acesso mais rápido às informações da conjuntura da pecuária, passaram a ser divulgados os “Primeiros Resultados” da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais para o nível Brasil, em caráter provisório. Eles estão disponíveis cerca de um mês antes da divulgação dos “Resultados Completos”.Os dados completos podem ser consultados no Sidra. Mais informações podem ser acessadas aqui.

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