Prefeitura de Araxá apresentou detalhes do projeto e do funcionamento do sistema durante o 1º Fórum de Cidades Digitais do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba.
Araxá tem se consolidado como referência na utilização da tecnologia em prol da segurança pública. A Central de Videomonitoramento, implantada em dezembro de 2016, dispõe atualmente de 55 câmeras com funcionamento em tempo real e inspira outras cidades mineiras a reforçar ações preventivas, repreensivas e de resguardo patrimonial. A Prefeitura de Araxá apresentou detalhes do projeto e do funcionamento do sistema durante o 1º Fórum de Cidades Digitais do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba.
O evento, realizado nesta quinta-feira, 3, em Uberaba, foi promovido pela Rede Cidade Digital (RCD), com apoio institucional da Associação Brasileira de Internet (Abranet), da Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais) – Regional Vale do Grande e Amvale (Associação dos Municípios da Microrregião do Vale do Rio Grande). A Central de Videomonitoramento de Araxá também já recebeu visitas de equipes de Formiga, São José da Barra, Tapira, Sacramento, Pedrinópolis, Pompéu, Nova Serrana e Patrocínio.
Os representantes dos municípios buscam conhecer e reproduzir a tecnologia em suas próprias cidades. O secretário municipal de Segurança Pública e Cidadania, Élvio Bertoni, que representou o prefeito Aracely de Paula no evento em Uberaba, destacou os principais motivos que levam os municípios a conhecerem de perto o sistema de videomonitoramento em Araxá.
“Nossas polícias têm se valido muito do sistema, que é uma ferramenta de excelência para prevenção, repressão e também para tornar robustas provas quando levado o inquérito à Justiça. Outro ponto é que a própria mídia é capaz de propagar a nível regional esse sistema que está dando certo e repercute isso na comunidade, despertando interesse. Muitos municípios, às vezes, estão cansados de esperar providência do Estado para oferecerem segurança pública dentro das respectivas cidades. Os prefeitos já entenderam que o município não pode dar as costas para a segurança pública, eles têm que participar se querem uma cidade tranquila e segura”, ressaltou Élvio Bertoni.
Implantação
A cidade optou por desenvolver o próprio sistema de videomonitoramento após não se enquadrar em quesitos determinados para receber o sistema Olho Vivo, oferecido pelo Estado para cidades mineiras com índice de criminalidade elevado e preocupante. Em 2017, a cidade recebeu o título de 5º menos violenta do Brasil e 1º em Minas Gerais, conforme ranking divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Bertoni acrescenta que o projeto “Olho Vivo” concluiu que não seria interessante por onerar muito o município. “O Estado entrava com sua participação na aquisição de equipamentos e, depois, a operação, expansão e manutenção ficavam por conta do município. Para uma cidade de mais de 100 mil habitantes seria um kit composto por 16 câmeras. No próprio convênio já tinha a obrigação de ampliar. Vejamos bem que seria uma participação muito modesta do Estado para depois cobrar uma contrapartida muito pesada para o município.”
“Em razão disso, Araxá preferiu desenvolver seu sistema próprio. Ele fica mais barato ao longo do tempo, a eficiência dele está comprovada, pode ser melhor compartilhado entre a polícias Civil e Militar. Reputamos também que, ao invés de comprar o equipamento, nós locamos e nos livramos de uma série de despesas. Por ser um equipamento eletrônico, ele defasa em pouco tempo. Na locação, a empresa tem obrigação e manter esses equipamentos em nível de ponta”, detalhou o secretário.
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