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Câncer de próstata: por que falar sobre o assunto ainda é um tabu entre os homens?
Saúde

Câncer de próstata: por que falar sobre o assunto ainda é um tabu entre os homens?

Câncer de próstata: por que falar sobre o assunto ainda é um tabu entre os homens?

Médico urologista da Unimed Araxá explica fatores de risco, sintomas e tratamentos da doença

No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não melanoma). Segundo dados do INCA, somente no ano de 2020, foram diagnosticados 65.840 pacientes com a doença, correspondendo a 29,2% dos tumores no sexo masculino e responsável por 15.841 mortes no país. Segundo o médico urologista, Jeová Moreira da Costa Júnior, diante dessa realidade, é preciso ampliar o conhecimento sobre o assunto para a prevenção e tratamento precoce. “O câncer de próstata é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos.  A idade é um fator de risco importante, uma vez que tanto a incidência quanto a mortalidade aumentam significativamente após os 50 anos, mas é preciso considerar ainda fatores genéticos (hereditários), que são responsáveis pelo aumento do diagnóstico em algumas famílias. Isso ocorre quando um pai ou irmão é diagnosticado antes dos 60 anos. A obesidade, raça negra e dieta rica em gordura também se mostraram como importantes fatores de risco”, explica.

Dr. Jeová – Médico urologista da Unimed Araxá

O aumento observado nas taxas de incidência no Brasil pode ser parcialmente justificado pela evolução nos exames, pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação do país e pelo aumento na expectativa de vida. Vale ressaltar que, em sua fase inicial, o câncer de próstata tem evolução silenciosa. “Muitos pacientes não apresentam nenhum sintoma ou, quando apresentam, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata (dificuldade de urinar, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite). Na fase avançada, pode provocar dor óssea, sintomas urinários, perda de sangue na urina ou, quando mais grave, insuficiência renal”, ressalta Dr. Jeová.

A detecção precoce é fundamental e possibilita maior chance de um tratamento bem sucedido.  A SBU (Sociedade Brasileira de Urologia) recomenda rastreamento para câncer de próstata em homens acima de 50 anos, sem fator de risco, e a partir de 45 anos naqueles com fator de risco. “Esses pacientes passarão por uma consulta com urologista e, diante de um exame prostático alterado ou elevação do PSA (antígeno prostático específico), serão encaminhados para biópsia. Recentemente, a Ressonância Magnética da próstata veio a auxiliar no diagnóstico através da detecção de lesões suspeitas em pacientes com elevação de PSA e aumentando a acurácia nos casos submetidos a biópsia”, diz o médico.

Uma vez detectada a doença, os pacientes são encaminhados ao tratamento, que pode variar dependendo do estágio, idade do paciente e comorbidades associadas. “Para doença localizada (que só atingiu a próstata e não espalhou para outros órgãos) cirurgia, radioterapia e até mesmo, em algumas situações especiais, observação vigilante, podem ser oferecidas. Para doença localmente avançada, cirurgia ou radioterapia em combinação com tratamento hormonal têm sido utilizados. Para doença metastática (quando o tumor já se espalhou para outras partes do corpo), o tratamento mais indicado é a terapia hormonal. A escolha do tratamento mais adequado deve ser individualizada e definida após médico e paciente discutirem os riscos e benefícios de cada um”, comenta.

Um estilo de vida saudável faz parte da prevenção. “Isso inclui exercícios regulares, dieta pobre em gordura saturada e manter-se dentro do peso. Uma dieta rica em selênio (castanhas) e licopeno (frutas vermelhas e tomate) parece ser protetora contra a doença. Então, se você é homem e possui mais de 50 anos, não espere os sintomas para procurar seu médico. A prevenção e o diagnóstico precoce são as melhores armas contra o câncer de próstata”, finaliza Dr. Jeová.

Sobre a Unimed Araxá

Referência no segmento, a Unimed Araxá tem atualmente 200 médicos cooperados nas mais diversas especialidades e conta com mais de 40 mil beneficiários e 650 empresas contratantes nas cidades de Araxá, Ibiá, Campos Altos, Perdizes, Pedrinópolis, Tapira e Pratinha.

A cooperativa iniciou suas atividades em 11 de maio de 1989 para atender ao anseio da classe médica em proporcionar um atendimento digno e ético aos clientes e ampliar o campo de trabalho dos cooperados. Desde 2017 tem seu hospital próprio, que conta com o que há de mais moderno e eficiente na área e que também integra um Centro de Diagnóstico por Imagens e um moderno laboratório de análises clínicas. Mais recentemente inaugurou nas mesmas dependências um moderno Centro de Oncologia. O setor oferece estrutura de quimioterapia para tumores sólidos e tumores do sangue.

Em sua Clínica Multidisciplinar oferece atendimento exclusivo de profissionais como psicólogos, nutricionistas, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos. Junto ao prédio central, oferece ainda equipe integrada e programas de saúde voltados à melhoria de qualidade de vida, promoção da saúde e prevenção de doenças no Espaço Viver Bem.

A rede credenciada de serviços é composta ainda por seis hospitais, 15 laboratórios, 33 clínicas, além de aproximadamente 300 colaboradores de forma direta.

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