Nesta quarta-feira, 5 de julho, teve início a 11ª edição do Festival Literário de Araxá – o Fliaraxá. O ato simbólico do corte da fita na entrada do evento representou a inauguração do novo espaço do Festival, realizado pela primeira vez no Estádio Municipal Fausto Alvim. Logo em seguida, os curadores do Fliaraxá, Afonso Borges, Tom Farias e Sérgio Abranches, reuniram-se para uma fala inaugural do evento.
Realizado no Auditório 1, a cerimônia de abertura contou com a presença de diversos escritores que participarão do evento, como a autora homenageada Líria Porto e os autores Jeferson Tenório, Michele Arroyo, Valéria Lourenço, Marco Lobo, Léo Cunha, Tino Freitas e mais. Após uma breve introdução feita por Afonso Borges, que agradeceu a presença do povo araxaense no festival, o diretor do Sesc-SP, Danilo Miranda, fez um pronunciamento gravado em vídeo (leia o discurso na íntegra aqui). De modo geral, Miranda ressaltou a importância da promoção do evento, com onze edições já realizadas. Além disso, reforçou a importância de combater o racismo e as intolerâncias que permeiam a sociedade brasileira:
“Cultura não diz apenas das artes, que são partes fundamentais, importantíssimas da cultura, e que têm suas nobrezas, suas belezas, seus encantamentos. Também estamos falando de provocação, debate, discussão. Tem a ver com essa reflexão, que vai acima da questão pura e simplesmente material, usando aquilo que a humanidade vai percebendo e vai transformando e vai mudando. Que usa o som, a palavra na literatura, a imagem, o traço, a cor para essa transformação, e que com isso vai ganhando possibilidade de comunicação. E, no fundo, no fundo, é sempre na perspectiva da entrega, da comunicação que nós estamos falando, que a cultura se realiza efetivamente”.
Seguinte à fala de Danilo foi a de Afonso Borges, que iniciou seu discurso falando do compromisso do 11º Fliaraxá com o planeta. Nesta edição, o evento firma uma parceria com o Instituto Terra, uma organização brasileira sem fins lucrativos que se dedica à conservação e recuperação do meio ambiente, fundada em 1998 pelo fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado e sua esposa, Lélia Wanick Salgado. Assim como a neutralização dos gases de efeito estufa liberados durante a realização do Festival, o convênio com o Instituto Terra incrementa um dos pontos fortes do Instituto: a educação ambiental e, no futuro, a recuperação de nascentes.
Dando continuidade à fala de Afonso, Tom Farias reverenciou a fala de Danilo Miranda, ressaltando a humanidade que há na cultura. O escritor ainda falou sobre seus anseios para o Festival e desejou que os pavilhões do Fliaraxá estejam repletos de pessoas em todos os dias de realização, trazendo assim alegria aos cinco dias de evento. Além disso, mencionou o ciclo de debates promovido por Michele Arroyo, que celebra os 130 anos de nascimento de Mário de Andrade. Farias mencionou o papel do Fliaraxá como um meio de tirar conteúdos como esses do academicismo e transmutá-los, por meio do bate papo, para uma forma de conhecimento acessível a todos os públicos. Antes de terminar sua fala, Tom pediu que os presentes disseminassem o Festival para seus círculos de convivência, de modo que a promoção da leitura ultrapasse os limites de Araxá e se espalhe por Minas Gerais e, inclusive, por todo o Brasil.
Sérgio Abranches tomou a palavra em seguida e celebrou a oportunidade de promover o Fliaraxá junto de seus amigos Afonso e Tom. De fato, o ambiente na cerimônia de abertura do 11º Fliaraxá era amigável e alegre. Em sua fala, Abranches relembrou as edições passadas do evento, incluindo as vezes em que o Fliaraxá teve de ser realizado virtualmente em razão das medidas de proteção sanitária contra a covid-19. Além de celebrar o Festival, o escritor de “O intérprete de borboletas” retomou as falas de Danilo Miranda e afirmou a necessidade de tornar a literatura nacional um mosaico, englobando todas as suas vertentes e dando visibilidade às diferentes literaturas brasileiras.
Ao finalizar a cerimônia que inaugurou a 11ª edição do Fliaraxá, Afonso Borges enalteceu a estrutura do Festival, realizado com equipamentos de alta tecnologia e integrados com as redes sociais, como é o caso das transmissões em tempo real do evento no canal do Fliaraxá. Por fim, Borges fez um convite ao público presente para tirar as ideias do âmbito do debate e partir para o campo da disseminação e implementação por meio de ações concretas.
O 11º Fliaraxá será sediado entre os dias 5 e 9 de julho no Estádio Municipal Fausto Alvim. A entrada é gratuita mediante retirada de ingresso no Sympla.
O Fliaraxá é apresentado pela CBMM, com patrocínio do Itaú e da Cemig, via Lei Federal de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura, com apoio da TV Integração, Prefeitura Municipal de Araxá, Fundação Calmon Barreto, Câmara Municipal de Araxá, Academia Araxaense de Letras, Condor Eventos, Vale Sul/Goethe-Institut, Instituto Terra e Sesc.
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