Startups, GovTechs e healthtecs apostam em soluções funcionais e relevantes neste cenário de pandemia.
A pandemia do coronavírus no Brasil evidenciou como o planejamento e a prevenção são estratégias quase ausentes para enfrentar a grave crise que vivemos atualmente. Especialistas apontam que a resposta de parte dos estados foi relativamente rápida, mas ainda estamos longe de possuir diretrizes claras e ferramentas eficientes para garantir o combate à doença.
Temos uma tarefa bastante árdua pela frente. Até o fim de semana, o Brasil já registrava quase 2,5 mil mortes e mais de 38,6 mil casos confirmados, de acordo com informações do Ministério da Saúde. Contudo, a falta de precisão das ações de controle e a quantidade insuficiente de testes para quem apresenta os sintomas deixam dúvidas se os casos da doença não estão, na verdade, subnotificados.
Os dados reafirmam a seriedade e urgência do momento que estamos vivendo. Nesse contexto, decisões rápidas e efetivas precisam ser tomadas, e não há tempo a perder. Todas as ações públicas precisam ser absolutamente bem direcionadas e com alto impacto positivo para ajudar a prevenir o número de doentes, reduzir o número de mortes e também evitar o colapso dos serviços públicos, especialmente do sistema de saúde.
A boa notícia é que as tecnologias têm se mostrado como ferramentas poderosas para enfrentar os desafios trazidos pela pandemia. Desde antes da divulgação do primeiro caso do coronavírus no Brasil, em 26 de fevereiro, as organizações trataram de desenvolver novas soluções e políticas para auxiliar as pessoas neste momento. As plataformas de entregas, por exemplo, são essenciais para agilizarem o delivery em todo o País, única forma para manter o varejo funcionando com as portas fechadas durante a quarentena. Sistemas de gestão e organização, por sua vez, estruturaram o home office, ainda que a legislação não seja tão clara nesse sentido.
Mas é o trabalho das startups que tem chamado a atenção e alertado para a importância dessas organizações.
É interessante notar que as alternativas não precisam ser tão elaboradas e complexas, como inteligência artificial, telemedicina ou sistemas complexos de monitoramento e análise. Ideias simples, mas funcionais, também conseguem resultados satisfatórios. É o que mostra a Coreia do Sul, que tem sido exemplar em suas ações para controlar o avanço da doença.
Evidentemente há diversos fatores que explicam o sucesso sul-coreano, mas é inegável que o uso da tecnologia aliado a políticas públicas é um deles. Desde o início do contágio, o governo adotou um QR Code (isso mesmo) para monitorar indivíduos que vieram de regiões de risco. Por meio dele, as pessoas informam periodicamente os sintomas e estados de saúde – e o governo adota as medidas necessárias ao identificar locais e perfis de infectados por meio dos dados fornecidos.
O cenário de crises e incertezas que todos estamos vivendo tem se transformado em uma oportunidade para que as tecnologias propostas pelas GovTechs possam ganhar relevância e trazer o impacto positivo que tanto precisamos. É hora de estarmos atentos a esse potencial e refletindo sobre as possibilidades de aplicação dessas soluções no momento atual – e também para o que ainda virá.
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