ONDE VOCÊ PÕE A SUA ATENÇÃO, ALI CRESCE.

Momento para refletir

ONDE VOCÊ PÕE A SUA ATENÇÃO, ALI CRESCE.
ONDE VOCÊ PÕE A SUA ATENÇÃO, ALI CRESCE.

Educador, palestrante motivacional e contador de histórias. Um facilitador de aprendizado e mudança. BIÓLOGO, estudioso em FILOSOFIA e pesquisador do COMPORTAMENTO HUMANO, trabalhou como Professor Assistente IV da UFMG por 14 anos www.juliomachado.com.br @juliomachadopalestras

ONDE VOCÊ PÕE A SUA ATENÇÃO, ALI CRESCE.

Mas atenção: rasgar elogios a torto e a direito pode desandar a receita. Quando for elogiar é aconselhável evitar julgamentos de caráter. Incentivos do tipo “Você é uma menina muito boazinha, está se saindo muito bem, continue assim…”, não são recomendáveis, porque a menina passa a achar que só será amada se fizer tudo conforme o figurino. Neste caso a ansiedade é fatal. Preferível fazer uma apreciação específica de um determinado comportamento. Por exemplo, poderíamos dizer: “Depois que você arrumou seu armário, ficou bem mais fácil encontrar aquela roupa perdida”… neste caso a mãe leva a filha a concluir, por si mesma, que seu trabalho foi reconhecido e que manter o armário arrumado tem suas vantagens. Já quem parabeniza o filho por ter tirado nota 9, mas pede, em tom de brincadeira, que na próxima tire 10, pode estar criando uma pessoa insegura e incapaz de se sentir satisfeita consigo mesma, mesmo com as naturais imperfeições.

Reprodução

Saber criticar é fundamental. Mas atentem para o primeiro mandamento da construção da autoestima: toda e qualquer crítica deve ser dirigida ao comportamento da pessoa, nunca a ela própria. Quando o menino relapso nos estudos ouve do pai “Você é um vagabundo, não vai dar em nada que preste”, ele acredita inconscientemente nessa maldição e, daí, não se esforça em mudar sua atitude. Mas, o comentário paterno poderia ser feito de uma maneira mais construtiva, como por exemplo:

-“Neste ano não vi você estudar nada, hein? Mas, se você quiser, tenho certeza que conseguirá recuperar suas notas.”

O importante na hora de fazer as correções necessárias na educação dos jovens é descrever o comportamento em questão, como por exemplo: não foi legal você bater na sua irmãzinha; você não cumpriu o nosso combinado…, e demonstrar o que você sente a respeito (sua raiva, sua decepção) e não esquecer de dizer, com todas as letras, como reparar o erro, para que isso não torne a acontecer.

Nunca, jamais, devemos passar um sabão em público. Nada derruba mais o moral e a imagem de uma criança ou de um adolescente, do que criticá-lo ou humilhá-lo na frente de amigos ou familiares.

Humilhar, desqualificar e insultar qualquer pessoa é proibido. Ninguém diz a uma visita que ela é desajeitada porque derrubou o copo de vinho no sofá. No entanto, muitos pais e mães são capazes de soltar os cachorros se o responsável for seu filho. São raros os pais que pedem por favor ou agradecem aos filhos por uma tarefa realizada. Mais fácil a criança ouvir que é uma peste porque largou a roupa no meio da sala ou uma cabeça-de-vento porque esqueceu a chave de casa.

Por outro lado, quando os pais demonstram a sua atenção quando os filhos tem algo a lhes contar, a imagem que o menino e a menina têm de si mesmos cresce e se fortalece. Quando a criança está começando a construir frases, a atitude do pai de querer adivinhar o fim da história, para saber logo o que aconteceu, é uma ducha de água fria. O mesmo acontece quando a menina está contando em detalhes o dia na escola e a mãe fica reclamando do trânsito. A isso chamamos falta de atenção que transmite uma mensagem bem clara e fulminante: no momento tenho algo mais importante a fazer do que te ouvir, por isso não te dou a minha atenção.

Sim, precisamos aprender a ser educadores e isso exige um certo treinamento e uma boa dose de paciência com os nosso próprios erros. Vamos errar e acertar. O lado bom é saber que todo esse esforço e paciência refletirão nos nossos filhos, pois estamos formando os alicerces de uma construção que se manterá pelo resto da vida.

Em um estudo sobre as raízes da imagem positiva, o americano Stanley Coopersmith chegou à conclusão de que pais com autoestima em boa conta têm filhos que também apreciam saudavelmente a si mesmos. Nada a ver com hereditariedade, mas sim com aprendizagem por observação de modelos. Se os pais são pessoas felizes e independentes, cidadãos que respeitam as regras sociais, que investem em suas potencialidades respeitando os próprios valores, os filhos terão um espelho para se mirar. Certamente isso não é uma garantia de que tudo sairá a 100%, mas ajudará muito a adubar a vida destes jovens.

Momento para refletir

Educador, palestrante motivacional e contador de histórias. Um facilitador de aprendizado e mudança. BIÓLOGO, estudioso em FILOSOFIA e pesquisador do COMPORTAMENTO HUMANO, trabalhou como Professor Assistente IV da UFMG por 14 anos www.juliomachado.com.br @juliomachadopalestras

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