Saúde digestiva e épocas festivas
Conheça as doenças do aparelho digestivo e como evitá-las durante o arraial
Paçoca, curau, cachorro-quente, pipoca e pé-de-moleque: as comidas de festa junina são quase irresistíveis de tão saborosas. Porém, precisamos nos atentar aos excessos na hora de comer pensando em nossa saúde digestiva.
Em maio, comemoramos o mês da Saúde Digestiva e aproveitamos para reforçar a importância da data e dos cuidados com nosso sistema digestivo ao longo do ano, que, muitas vezes, não é cuidado da maneira que merece. Em épocas festivas, por exemplo, costumamos ‘exagerar’ mais nas comidas gordurosas e nas bebidas, o que pode se transformar em sinais que o corpo dá quando há algo errado.
O sistema digestivo, responsável por todo o processamento e absorção de nutrientes dos alimentos ingeridos e bom funcionamento de outros órgãos do corpo, é formado por diversos órgãos, mas principalmente por fígado, estômago e intestino.
O estômago é um órgão que tem capacidade de armazenamento de 0,8 a 1,5L de conteúdo quando relaxado¹ e é responsável pela digestão parcial dos alimentos. Dentre as doenças mais comuns do estômago estão gastrite, úlcera gástrica, refluxo gastroesofágico, cálculos biliares, pancreatite e câncer do estômago. O órgão é o responsável ainda pela produção de enzimas e hormônios que auxiliam na digestão dos alimentos ingeridos diariamente; por isso, é importante esperar pelo menos uma hora antes de se deitar após realizar uma refeição e evitar ingerir líquidos durante elas.
Já o fígado é o responsável por regular o metabolismo dos carboidratos e proteínas, armazenar substâncias e remover as toxinas do organismo, além de ser o segundo órgão mais importante para reserva de ferro². Ao apresentarmos problemas no fígado, é comum sentirmos dores abdominais, enjoos, dores de cabeça e urina escura.
Por fim, o intestino, considerado o “segundo cérebro” do corpo por possuir mais de 10 milhões de neurônios3, tem a função de absorver nutrientes e eliminar o restante por meio das fezes, impactando diretamente o sistema imunológico. A falta desta absorção pode causar azia, estufamento, cólicas, intestino preso e diarreias.
Se os desconfortos abdominais durarem mais que o habitual, é sinal de que você precisa procurar um gastroenterologista – profissional médico que cuida de todo aparelho digestivo, que se estende desde a boca, passando por esôfago e órgãos como o estômago e o intestino, chegando ao reto. Ele é o profissional que conhece as características das doenças gástricas e pode indicar o tratamento correto.
DOENÇAS MAIS COMUNS
A gastrite é a inflamação do estômago caracterizada por queimações e dores fortes no abdômen, causando até náuseas e vômitos. A inflamação pode ocorrer casualmente, como de forma pontual ou diariamente, como gastrite crônica. Um dos fatores que desencadeiam essa doença é o enfraquecimento da barreira de mucosa que reveste o estômago, fazendo com que o suco digestivo ultrapasse, causando danos no tecido da parede estomacal. Na maior parte dos casos, esse enfraquecimento decorre de um estresse elevado, alimentos gordurosos e picantes, alcoolismo e uso de drogas, uso excessivo de anti-inflamatórios e doenças que causam falhas no sistema imunológico. O tratamento se dá com uso de antiácidos, mudança de hábitos e, em alguns casos, antibióticos.
A úlcera gástrica é reconhecida por uma ou mais feridas na parede do estômago, tendo como principais sintomas as dores intensas na região, náuseas após as refeições, distensão abdominal e, em alguns casos, saída de sangue nas fezes em consequência do sangramento na parede estomacal. Assim como a gastrite, a úlcera gástrica também é reflexo do enfraquecimento da mucosa protetora do estômago, mas, neste caso, de forma intensa, ou seja, a partir de um agravamento da gastrite. O consumo de alimentos irritativos, como cafeína, pimenta, açúcares e gorduras pode agravar o quadro. O tratamento dessa condição se dá por meio de medicamentos e mudanças de hábitos alimentares.
O enjoo, quando o fígado apresenta problemas, pode fazer com que a urina se apresente em uma cor escura, de tom mais amarelado ou alaranjado que o comum. Além disso, o tom amarelado também pode se manifestar na pele e olhos do paciente (icterícia).4 Isso acontece por conta do excesso de produção de bilirrubinas; além da coloração forte, o problema no fígado pode vir acompanhado de fortes dores na região inferior das costas. Os problemas no fígado podem ter diversas causas, sendo as mais comuns a má alimentação e o abuso de bebidas alcoólicas.
O intestino preso, ou constipação intestinal, é um problema que pode causado por muitos fatores, desde a alimentação pobre em fibras, sedentarismo, consumo excessivo de proteínas e a pouca ingestão de água. Além da dificuldade em evacuar, o problema também pode se apresentar através de dores abdominais.
Por serem doenças que nem sempre conseguimos evitar, o acompanhamento médico é importante para que seja descoberto com antecedência. A alimentação saudável e visitas regulares ao seu médico de confiança também auxiliam na prevenção dessas doenças.
ALIMENTAÇÃO EQUILIBRADA É O IDEAL
É importante entender que o problema está nos excessos. Você pode curtir as comidas típicas das festas juninas ao mesmo tempo que mantém uma dieta de alimentos ricos em nutrientes, como a linhaça, as carnes brancas, frutas como maçã e melão, verduras e legumes cozidos.
A Hypera Pharma, líder na categoria de medicamentos gastrointestinais* no Brasil, tem marcas especialistas no cuidado da saúde digestiva e possui produtos destinados para cada órgão: ao estômago Estomazil, Pepsamar, Gastrol; Epocler e Eparema, para o fígado; para o intestino, Tamarine, Naturetti e Lacto-Purga.
Para manter-se sempre saudável, procure um médico.
*1. IQVIA PMB MAT R$ PPP. Mercado OTC Popular de Fígado, Antiácidos, Saúde do Intestino e Antigases. Fev/2023.
REFERÊNCIAS CONSULTADAS
1. Estudo complementar em Gastroenterologia: Aspectos Anatômicos e Clínicos. Faculdade de Medicina de Alfenas. 2ª edição, 2017. Disponível em: < https://www.unifenas.br/extensao/publicacoes/cartilha/Livroligastro.pdf>. Acesso em: 21/05/2024.
2. GROTTO, Helena Z. W. Fisiologia e Metabolismo do Ferro. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia. Vol. 32, 2010. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbhh/a/DBW7X6wnFGpbLPmr6m63sGM/?format=pdf&lang=pt. Acesso em 21/05/2024.
3. Furness JB, Poole DP. Nonruminant Nutrition Symposium: Involvement of gut neural and endocrine systems in pathological disorders of the digestive tract. J Anim Sci. 2012;90(4):1203-12. Disponível em: <https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/22178854/>. Acesso em 21/05/2024.
4. MUNHOZ, Bruna Zago; WIEMANN, Anasthácia; AZEVEDO, Ana Luiza de; MARASCO, Sílvia; KUPSKI, Carlos. Investigação de Icterícia. Revista Acta Médica. Pontífica Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2012. Disponível em: <https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/03/881609/investigacao-de-ictericia.pdf>. Acesso em 21/05/2024.
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