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Comércio e serviços devem gerar 59,2 mil vagas para o fim de ano
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Comércio e serviços devem gerar 59,2 mil vagas para o fim de ano

Comércio e serviços devem gerar 59,2 mil vagas para o fim de ano

Projeção é da CNDL e SPC Brasil, mostrando que 43% dos que vão contratar pretendem empregar temporários

Faltando três meses para a chegada das festas de fim de ano, os setores de comércio e serviços já abriram as portas para a contratação de trabalhadores. Para os empresários, essa pode ser a última oportunidade do ano para recuperar os prejuízos, enquanto os profissionais desempregados veem nesse período a chance de voltar ao mercado de trabalho.

Uma pesquisa feita nas capitais e interior do país pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) estima que, pelos próximos meses, aproximadamente 59,2 mil vagas serão abertas nos segmentos do comércio e serviços. O número é levemente superior aos 51 mil novos postos que foram previstos para o mesmo período do ano passado.

Para este ano, os dados mostram um cenário de moderada melhora na comparação com 2017. Embora ainda representem a maioria, caiu de 82% para 72% o percentual de empresários que não têm a intenção de fazer contratações extras nesse fim de ano. Em sentido oposto, aumentou de 13% para 17% o percentual dos que devem integrar ao menos um novo colaborador à sua equipe.

Reforço no quadro de funcionários

Reforçar o quadro de funcionários para dar conta do aumento da demanda neste período do ano (81%) é o motivo mais citado na hora de justificar as contratações, mas há também empresários que contratam pensando em melhorar sua competição no mercado (8%) e aqueles que se planejam para lidar com a rotatividade de funcionários (5%). A maior parte (46%) dos empresários consultados deve contratar apenas um funcionário, enquanto 28% pretendem contratar dois novos colaboradores.

Já entre aqueles que não irão contratar, 49% acham que o movimento nas lojas não crescerá de forma que justifique admissões. Outros 15% não possuem verba suficiente e 11% consideram os encargos trabalhistas elevados, o que não compensa esse tipo de investimento. Em alguns casos, mesmo sem contratar funcionários, os empresários devem adotar outras estratégias para lidar com o período aquecido de vendas, tanto que 17% planejam ampliar as horas trabalhadas por dia da atual equipe.

43% dos que vão contratar pretendem empregar temporários e 29% profissionais informais

Dentre os empresários que já contrataram ou que irão contratar neste fim de ano, 43% empregarão temporários, 33% abrirão vagas formais e 29% informais, ou seja, sem carteira assinada. Há ainda 16% de casos em que a contratação será terceirizada. Dentre os que recorrerão a mão-de-obra informal, a maioria (61%) justifica que se trata de uma contratação específica para o período natalino, sendo inviável a carteira assinada. Outros 19% argumentam que dessa forma reduzirão as despesas com folha de pagamento.

A pesquisa também descobriu que 26% dos empresários que pretendem contratar devem empregar funcionários por meio do regime de trabalho intermitente, aquele que adota o regime de hora móvel em vez de hora fixa e que passou a vigorar com a nova legislação trabalhista.

O estudo mostra ainda que quem procura uma vaga de trabalho neste fim de ano deve ficar atento, pois a maioria das contratações deve ocorrer entre os meses de outubro (28%) e novembro (33%), segundo a avaliação dos empresários pesquisados. Apenas 8% já efetuaram as contratações nos meses de agosto e setembro e 17% devem realizá-las somente em dezembro, quando faltarem poucas semanas para o Natal.

Como costuma ocorrer no contexto das vagas temporárias, o tempo de contratação é relativamente curto na maioria dos casos. De acordo com a pesquisa, 78% das empresas que vão contratar funcionários temporários o farão por até no máximo três meses.

De qualquer modo, há motivos para o trabalhador temporário se esforçar para permanecer no emprego com a chegada do novo ano. Em cada dez empresários que vão contratar funcionários temporários, três (28%) planejam efetivar ao menos um colaborador após o término do contrato. A maior parte (41%), contudo, não deve efetivar nenhum.

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