Números fazem parte do balanço das ações de preservação em 2022, como parte do programa Pró-Mananciais
Com esses recursos, foi possível adequar 45.166 quilômetros de estradas, plantar 11.921 mudas e construir 11.282 metros de cercas no entorno de áreas de preservação permanentes. Também foram desenvolvidos 497 bolsões (bacias escavadas na terra para a contenção de água da chuva); 11.640 quilômetros de aceiros (faixas ao longo das cercas onde a vegetação foi completamente eliminada da superfície do solo para prevenir o alastramento de queimadas e incêndios) e 1.854 metros de curvas de nível (elevações de terra construídas no meio das pastagens para reduzir impactos das enxurradas) provenientes da água da chuva.
O supervisor socioambiental da Copasa, Fernando Corrêa, explica que as atividades combinadas proporcionam inúmeros benefícios ao ecossistema.
“Elas contribuem para a infiltração da água no solo, levam à recarga dos aquíferos, promovem aumento no volume dos mananciais, inclusive daqueles nos quais a Copasa realiza a captação para abastecer cidades e municípios; inibem o pisoteio das nascentes por gado e equinos; reduzem consideravelmente a quantidade de materiais sólidos carreados para esses canais pela enxurrada; e contribuem para a expansão da fauna e flora”, destaca.
Desde a criação do Pró-Mananciais em 2017, até hoje, a empresa investiu R$ 8 milhões na área de abrangência da Unoe. O recurso foi utilizado na construção de 255.703 metros de cercas; 1.184 bolsões; adequação de 122.227 quilômetros de estradas; construção e manutenção de 15.440 quilômetros; construção de 93.418 metros de curvas de nível; e plantio de 96.631 mudas.
Atividades recentes
Dois cercamentos tiveram início em novembro no âmbito da Unoe, da Copasa, sendo um deles em Patos de Minas, na microbacia do córrego Serrote, afluente do rio Paranaíba, manancial que abastece a cidade.
Os trabalhos, avaliados em cerca de R$ 318 mil e iniciados na primeira quinzena do mês, têm previsão de término em março de 2023 e contemplarão nascentes em pelo menos nove propriedades. Outros R$ 123 mil estão sendo direcionados para a microbacia do ribeirão dos Órfãos, em João Pinheiro, onde a implantação de 5 mil metros de cercas começou na segunda quinzena de novembro passado e deverá seguir também até os primeiros meses deste ano.
Atuação dos Colmeias
Com intuito de executar as atividades presentes no cardápio do Pró-Mananciais de maneira assertiva, são formados os Coletivos Locais de Meio Ambiente (Colmeias). Eles avaliam a necessidade de cercamento de nascentes e reservas, a viabilidade de adequação de estradas, possibilidade de plantio de mudas e demandas para construção de aceiros, curvas de nível e bolsões no perímetro das microbacias que abastecem os municípios.
Ao longo dos últimos 12 meses, foram contemplados com o Pró-Mananciais os municípios de Itapagipe, Iturama, Presidente Olegário, Carmo do Paranaíba, Bambuí e Conquista. Com isso, cada uma das localidades formou um Colmeia. Além dos novos seis coletivos, outros quatro foram reestruturados – Indianópolis, Frutal, Centralina e Paracatu. A causa também tem apoio das prefeituras.
“O Pró-Mananciais chegou até mim por meio de um munícipe, eu não o conhecia. Posteriormente, entrei em contato com a Copasa, eles vieram até Itapagipe apresentar o programa, seguimos todos os protocolos necessários e nosso município foi contemplado. A partir daí, criamos o Colmeia. Fazem parte dele pessoas selecionadas a dedo e que vão agregar muito ao comitê. O Colmeia é de suma importância, pois apresentará problemas e soluções para a microbacia do ribeirão Cachoeira, que abastece o município. Também irá gerir os recursos destinados pela Copasa para execução das atividades do programa. É o projeto de preservação mais importante do município”, conta Marcelo Maluf, secretário municipal de meio ambiente e coordenador do Colmeia Itapagipe.
Em 2022, cerca de 70 reuniões foram promovidas pelos grupos. Os membros dos coletivos fizeram 316 inspeções em campo para levantamento de ações a serem executadas e realizaram 288 visitas para acompanhamento de atividades em andamento.
Educação ambiental
Para formar cidadãos ecologicamente conscientes, a educação ambiental é o primeiro passo. Por isso, durante 2022, por meio do Programa Chuá de educação ambiental e sanitária, 46 palestras foram ministradas para aproximadamente 920 pessoas; 36 visitas foram feitas por cerca de 1.080 estudantes às Estações de Tratamento de Água (ETA) dos municípios em que a Copasa opera; outras 34 palestras acerca da relação entre saneamento básico e meio ambiente foram ministradas para, em média, 170 pessoas, entre moradores de comunidades e produtores rurais.
Em Patos de Minas, também na primeira quinzena de novembro, o técnico químico Gilberto Franklin ministrou palestra sobre saneamento básico para os estudantes do 2º ano do ensino médio, da Escola Estadual Antônio Dias Maciel. Na oportunidade, ele falou sobre a importância do consumo consciente da água, explicou como é feito o tratamento de esgoto e sua importância para não poluir o meio ambiente.
Foram entregues também materiais informativos sobre tarifa social e maneiras corretas de utilizar as redes coletoras de esgoto para garantir o correto funcionamento.
O discente Matheus Andrade, de 17 anos, que visitou a Copasa pela segunda vez (sendo a primeira quando estava no 6º ano), afirma ter aprendido muito.
“Nossa equipe do projeto foi à Copasa com o objetivo de conhecer os métodos utilizados pela empresa para extrair e tratar a água do rio Paranaíba. Nos foi confirmado que o manancial é a única fonte de água que Patos de Minas possui. Sendo assim, é necessária a conscientização da população. A visita nos ajudou a perceber erros comuns que a maioria da população comete quando o assunto é preservação e poluição. Com cada cidadão fazendo sua parte, a natureza e a vida agradecem”, ressalta.
A turma da sala 7, que foi dividida em equipes, promoveu em dezembro uma feira de ciências com o tema “meio ambiente”, abordando temas como sustentabilidade, poluição, preservação ambiental e também história e curiosidades acerca do rio Paranaíba. Na oportunidade, a Copasa disponibilizou a mini ETA para que todos os estudantes pudessem entender como funciona o tratamento da água.
Sobre o Pró-Mananciais
Criado em 2017, o Pró-Mananciais visa proteger e recuperar as microbacias hidrográficas e as áreas de recarga dos aquíferos utilizados na captação de água para tratamento e distribuição ao público.
Atua na mobilização da comunidade e de instituições parceiras, com o objetivo de construir coletivamente o sentimento de pertencimento da população à microbacia da região onde está inserida.
A iniciativa conta com aprovação da Agência Reguladora dos Serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário de Minas Gerais (Arsae-MG) e está presente em 275 municípios em que a companhia detém a concessão dos serviços.
ODS e Agenda ESG
A atuação socioambiental da Copasa é pautada na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) e em seus respectivos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), além dos dez princípios do Pacto Global.
O Pró-Mananciais integra o ODS 15 que consiste em proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra, evitando a perda da biodiversidade.
O programa integra ainda a Agenda ESG da Copasa, sigla que se refere às questões ambientais, sociais e de governança corporativa. Esse termo tornou-se uma forma de se referir ao que empresas e entidades estão fazendo para serem socialmente responsáveis, ambientalmente sustentáveis e administradas de forma correta.
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