Danilo foi o convidado especial para conversar com o público na abertura do VIII Fliaraxá. Ele tem 76 anos, mais de 50 deles dedicados ao Serviço Social do Comércio, onde entrou em 1968 com orientador social. Desde 1984 é Diretor Regional do Sesc-SP, uma máquina com 43 unidades em 21 cidades e mais de 7 mil funcionários. Ele transformou a entidade num exemplo de excelência e democratização de acesso à educação, saúde, cultura, lazer e assistência.
O gestor colocou em questão o fato de que no Brasil infelizmente apenas para uma minoria a leitura é um convite para a descoberta, enquanto uma maioria não enxerga a leitura a partir de um sinal de pertencimento. “Na verdade, não foram criadas as condições para que isso fosse possível, configurando um quadro de exclusão. E o resultado é a imagem da leitura como um privilégio”, afirmou.
LEITURA COMO DIREITO
Mas, “a leitura é um direito”, disse o diretor do Sesc, neste momento erguendo suavemente um pouco o tom da voz. A partir deste ponto, Danilo trouxe para o centro da sua exposição a “biblioteca”, que, segundo ele, talvez seja a faceta mais visível da leitura com um direito, uma ocasião em que todos os saberes estão reunidos. No entanto, para ele, falta “acolhimento” nestas estruturas que possam minimizar as barreiras que afastam os indivíduos.
O diretor do Sesc disse que, na instituição, o universo do livro e da leitura é estratégico. Ele evidencia as potentes conexões entre cultura e educação, ao mesmo tempo “em que dá consistência para um conceito amplo de desenvolvimento humano”
“Eventos como esse, que ocorre aqui em Araxá, estão sintonizados com tal perspectiva. Esperamos que a aproximação entre o Sesc e o Fliaraxá seja um indicativo de tempos mais generosos no que se refere a consolidação da cultura como pauta prioritária. Sem a leitura, somos menos do que poderíamos ser. Sem a cultura, não somos efetivamente humanos.” (Rafael Minoro)
Facebook
Twitter
Google+
YouTube