Objetivo é alimentar cada vez mais detalhadamente o sistema de gestão prisional para melhor atendimento ao preso e realização eficiente de políticas públicas
As 197 unidades prisionais administradas pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), por meio do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen MG), realizam nesta sexta-feira (20/9) a segunda edição do Censo Prisional.
A iniciativa, inédita desta gestão, acontece semestralmente com objetivo de realizar a contagem dos internos e a conferência de informações relativas aos presos que constam nos sistemas utilizados para a gestão do sistema prisional, como o SigPri.
Para a realização da força-tarefa em todo o estado não haverá, nesta sexta-feira, movimentação de presos entre unidades prisionais, apenas as escoltas hospitalares e para audiências.
Todos os prontuários de detentos serão conferidos, um a um, pelas equipes de cada unidade prisional. Em caso de duplicidade de informações, os dados serão corrigidos e as inconsistências serão reparadas. A ideia é qualificar os dados do sistema prisional, desde pequenos detalhes, como grafia do nome do interno nos sistemas ou data de nascimento errada, por exemplo, até informações equivocadas que possam constar no prontuário do preso.
No primeiro censo prisional, realizado em março deste ano, foram verificadas 1.490 inconsistências nas 197 unidades prisionais. A ideia é que, a cada censo realizado, o número de divergências encontradas seja cada vez menor. O Presídio de Manhuaçu foi um dos que mais registrou ocorrências na primeira contagem deste ano.
Para o coordenador do setor responsável pelos cadastros da população carcerária da unidade prisional, Sherley Hugo Fonseca, o primeiro censo foi fundamental para que as equipes pudessem passar a aplicar padrão superior aos novos registros, com mais atenção e riqueza de informações.
“As demandas rotineiras do presídio dificultavam o reconhecimento e as correções de todas as inconsistências. Após o primeiro censo, foi realizado na unidade um trabalho específico de retificação, o que nos permitiu adotar, por exemplo, padrões mais elevados nas fotografias digitais dos internos”, relatou Fonseca, que é agente penitenciário e acompanhou todo o processo de contagem e apuração das informações.
A boa notícia para o sistema prisional é que o relatório final do primeiro censo prisional apontou que 65% das unidades prisionais não apresentaram nenhuma divergência de informações nos prontuários da população carcerária. O superintendente de Tecnologia, informação, comunicação e modernização do sistema prisional, Adão Porto, destaca que a correção dos lançamentos no Sistema Integrado de Gestão Prisional (Sigpri) foi uma oportunidade de mostrar aos servidores dos setores operacionais a importância da inserção de informações detalhadas na plataforma.
“Além de ser uma ferramenta que permite a realização de uma gestão da população carcerária mais eficiente por parte das direções das unidades prisionais, o cadastro cada vez mais qualificado dos indivíduos no sistema pode proporcionar, entre outras prerrogativas, o agendamento de forma mais assertiva e rápida de visitas e demais atendimentos aos internos”.
Crédito (foto): Divulgação/Sejusp
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