Com o objetivo de debater o transporte ferroviário no estado foi criada a Comissão Extraordinária Pró-Ferrovias Mineiras pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Os representantes do Crea-Minas, diretores de Relações Institucionais, engenheiro civil Pedrinho da Mata; de Gestão e Tecnologia, engenheiro mecânico Waldimir Teles; e o conselheiro, engenheiro eletricista Hélio Nonato participaram, no dia 14 de junho de 2018, da solenidade de apresentação da comissão temporária.
Segundo estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI), com base em dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a malha ferroviária nacional tem aproximadamente 28 mil quilômetros, dos quais 30% da extensão de trilhos ferroviários estão inutilizados e 23% estão sem condições operacionais. Pedrinho da Mata destacou que em Minas Gerais o cenário não é diferente e que as ferrovias mineiras são pouco utilizadas para o escoamento da produção. “Nós temos em Minas menos de 10% da malha ferroviária sendo usada. Nosso estado tem um potencial muito grande em produtos a ser explorado e uma dificuldade enorme de explorar e transportar esses produtos”, enfatizou.
Para solucionar as deficiências e dificuldades do setor, Waldimir Teles apontou que é imprescindível investir em infraestrutura e renovar as concessões da malha ferroviária. “Em Minas, temos 8 mil quilômetros de malha ferroviária, das quais quase 4.800 quilômetros estão em condições de uso. As concessões ferroviárias foram feitas há décadas e é preciso renová-las. O Crea-Minas estará presente nas discussões para contribuir com informações e conhecimento técnico”, destacou.
O presidente da Comissão Extraordinária, deputado João Leite, concorda que Minas Gerais está atrasada na renovação das concessões. “São Paulo já fechou negociação com algumas concessionárias. Vamos conversar com as empresas concessionárias, com a ANTT e o governo federal para avaliarmos como será feita a renovação, a fim de que nosso estado possa transportar mais passageiros e cargas”, ressaltou.
Investir em ferrovias é uma das alternativas apontadas pela comissão para reduzir a dependência do transporte rodoviário. O conselheiro do Crea-Minas, engenheiro eletricista Hélio Nonato considera que a greve dos caminheiros sinalizou a necessidade de investimento em outros modais de transporte. “Esperamos que o transporte ferroviário possa ser ampliado e que seja uma das soluções para os problemas de logística e mobilidade urbana que temos enfrentado”, realçou.
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