Terminal adota projeto do Governo Federal para uso de reconhecimento facial de passageiros sem cartão de embarque e documento de identificação
Os passageiros do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte (MG) vão experimentar, nesta sexta-feira (28), o Embarque + Seguro 100% digital, com o uso de reconhecimento facial. O projeto do Ministério da Infraestrutura (MInfra) desenvolvido pelo Serpro, empresa de tecnologia do Governo Federal, tem o objetivo de tornar mais eficiente, ágil e seguro o processo de embarque nos aeroportos. A solução biométrica dispensa o uso de bilhete aéreo e de documento de identificação do cidadão.
O Embarque + Seguro vem passando por testes desde o ano passado, já tendo sido avaliado em diferentes fases nos aeroportos de Florianópolis (SC). Salvador (BA) e Santos Dumont (RJ). Após a aprovação do projeto-piloto, o Governo Federal avançará com as ações para implantação efetiva da tecnologia nos principais aeroportos do país.
A iniciativa faz parte do Programa de Transformação Digital do Governo Federal e é coordenada pela Subsecretaria de Gestão Estratégica, Tecnologia e Inovação (SGETI), da Secretaria Executiva no MInfra. “Caminhamos para um embarque biométrico totalmente seguro em todos os aeroportos do país, eliminando por completo a necessidade de se apresentar qualquer tipo de documentação”, afirma o secretário-executivo do MInfra, Marcelo Sampaio.
O presidente do Serpro, Gileno Barreto, destaca que a tecnologia Embarque + Seguro é inovadora e de classe mundial, utilizando base de dados unificada, capaz de checar e validar, com rapidez e segurança, a identidade do passageiro. “A solução combina validação biométrica e Análise de Dados, garantindo uma conferência precisa e segura da identidade do cidadão, que, assim, pode viajar com mais conforto e tranquilidade. A solução tem por premissa a segurança no tratamento e a proteção dos dados pessoais dos passageiros contra uso indevido ou não autorizado. É a transformação digital do Brasil melhorando a vida dos brasileiros”.
Toda essa inovação é sempre foco do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte. Para o CEO da BH Airport, Kleber Meira, atuar com ferramentas modernas e oferecer novas tecnologias que proporcionem mais segurança aos passageiros é um caminho sem volta. “Estamos sempre em busca de trazer soluções modernas e inovadoras que tragam mais eficiência e segurança para as nossas operações, sobretudo em tempos de pandemia do coronavírus. É uma satisfação participar desse projeto-piloto e torcemos para que o embarque totalmente digital seja uma realidade no país”, avalia.
Como funciona
A solução começou a ser testada em Belo Horizonte com passageiros voluntários da Azul, convidados para experimentarem a tecnologia. No momento do check-in no aeroporto, o passageiro recebe uma mensagem, no celular, solicitando autorização para o registro de uma foto. Com o consentimento, o atendente da companhia aérea realiza a validação biométrica do passageiro, comparando os dados e a foto, tirada na hora, com as bases governamentais.
A partir da validação, o passageiro fica liberado para ingressar na sala de embarque e na aeronave passando pelos pontos de controle biométricos, que fazem a identificação por meio de câmeras, sem a necessidade de apresentar documento e cartão de embarque.
Segurança total
No projeto-piloto, são medidos indicadores como redução no tempo em filas, no acesso à sala de embarque e à aeronave, e dos custos de operação. “E espera-se aumento na segurança aeroportuária. Com o reconhecimento facial, teremos uma identificação precisa dos passageiros. Os usuários, por sua vez, têm a garantia de proteção total a seus dados, pois a iniciativa atende a todos os preceitos da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)”, explica Sampaio.
Marcelo Sampaio destaca que o Serpro é parceiro estratégico na agenda digital de transporte do país e que o projeto conta com a participação de empresas parceiras e a colaboração do Aeroporto Internacional de BH e da Azul, que têm possibilitado o aprimoramento do Embarque +Seguro a cada etapa. A tecnologia das estações de identificação facial foi desenvolvida pelas empresas Biomtech, Wolpac e Azul/Pacer.
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