Inicialmente, o ministério havia informado que só havia problemas no 2º dia da avaliação
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) ampliou a revisão da correção das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para o primeiro dia. No sábado, o ministro Abraham Weintraub admitiu, em entrevista coletiva, que houve “inconsistências” na correção das avaliações do segundo dia.
Segundo o INEP, a ampliação da análise ocorre para “tranquilizar” e “dar segurança” aos candidatos, já que muitos foram às redes sociais relatar que suas notas estavam equivocadas.
O Enem é realizado em dois domingos. No primeiro, os candidatos fazem a redação e as provas de Ciências Humanas e Linguagens. No segundo, os testes de Ciências da Natureza e de Matemática. O MEC manteve a data de abertura das inscrições para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) para esta terça-feira, 21. É por esse sistema que os candidatos usam suas notas no Enem para tentar uma vaga em cursos e universidades.
O (Inep) vai receber até as 10h desta segunda-feira (20) relatos de estudantes que se sentiram prejudicados com a correção dos gabaritos do Enem 2019. As notificações devem ser enviadas ao órgão pelo e-mail enem2019@inep.gov.br, com nome completo e CPF.
O desempenho no Enem é critério para concorrer no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que oferece 237 mil vagas em universidades federais em todo o País. O período de inscrições foi mantido: vai de terça-feira (21) a sexta-feira (24).
Até a manhã de sábado, 18, o MEC e o Inep não sabiam informar quantas pessoas poderiam ter sido atingidas, mas admitiram o erro em ao menos quatro provas de Viçosa (MG). O governo não descartou que as falhas possam ter ocorrido em outros Estados e afirmou que investiga o caso. Um balanço sobre o número de estudantes atingidos deve ser divulgado no início da noite desta segunda-feira, mas ainda não há um horário divulgado.
De acordo com o Inep, 3,9 milhões de pessoas fizeram as provas nos dias 3 e 10 de novembro. Segundo o ministro da Educação, Abraham Weintraub, o erro atingiu “alguma coisa como 0,1%” dos candidatos que prestaram o exame – o equivalente a 3,9 mil candidatos. Depois, Alexandre Lopes, presidente do Inep, falou que o erro poderia ter afetado “até” 1% – 39 mil pessoas. Ao fim, afirmou que “não chega a 9 mil”.
Além do Sisu, a nota do Enem pode ser usada na seleção de outras universidades, incluindo instituições em Portugal, e também em programas de apoio do governo – como o Prouni, que oferece bolsas de estudo parciais e integrais em universidades particulares, e o Fies, que financia o pagamento de mensalidades.
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