Muita gente está insatisfeita com a nova regra de financiamento da Caixa Econômica Federal (CEF) para imóveis usados. Com a mudança, o valor total da entrada aumenta de 30% para 50%. A medida estaria prejudicando quem quer comprar e vender imóveis.
Para o presidente da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação, Vinicius Costa, com sede na capital mineira, a situação de Nascimento tem se repetido. “O problema é que os contratos vinculados a linhas de crédito de FGTS e Minha Casa, Minha Vida estão sem recursos. Então, a proposta é aprovada pela Caixa, mas o contrato não é assinado por falta de dinheiro. Quando vai ser assinado, a regra dos 50% já está valendo e o comprador tem que bancar uma entrada muito maior”, explicou em entrevista ao jornal.
Mudança. A CEF esclarece que a regra foi alterada em 25 de setembro, mas informa que houve acordo para que as propostas aprovadas antes dessa data, e com o contrato assinado até 25 de outubro, mantivessem o valor original financiado. Porém, depois dessa data vale a regra nova. A mudança ocorreu em todas as linhas de financiamento de imóveis usados do banco, Minha Casa, Minha Vida, linhas ligadas ao FGTS e Pró-cotista – sistema que no momento está suspenso.
A ideia do presidente da Associação dos Mutuários e Moradores de Minas Gerais, Silvio Saldanha, para solucionar o impasse é buscar novo financiamento. “Se o valor da entrada sobe o e comprador não tem o recurso, é melhor migrar para outros bancos, até privados, que financiam 80%, até 90% do imóvel. As taxas de juros são maiores, e o custo efetivo final do bem vai subir, mas pode ser melhor do que pegar empréstimo”, avalia.
Pró-cotista. Segundo o banco, a linha de crédito Pró-cotista, que está suspensa até 2018, contou com orçamento de R$ 7 bilhões em 2017, sendo R$5 bilhões liberados no início do ano e R$2 bilhões em maio.
Baixos recursos. Na avaliação de Silvio Saldanha, os recursos da Caixa para financiamento de imóveis estão mais escassos em função das retiradas da poupança e do FGTS realizados neste ano.
Fonte: Jornal O Tempo
Facebook
Twitter
Google+
YouTube