Reclamações relativas a bombas de combustíveis lideram ranking de denúncias recebidas pela Ouvidoria do instituto, que é responsável pela fiscalização desses equipamentos
Se você não costuma conferir a bomba de combustível na hora de abastecer o carro, é melhor ficar atento. Nem sempre a quantidade de gasolina que você paga é a que você leva. O alerta é do Instituto de Metrologia e Qualidade do Estado de Minas Gerais (Ipem-MG), responsável pela fiscalização das bombas de combustíveis.
Entre janeiro e agosto deste ano, o número de reclamações referentes a esses equipamentos ficou em primeiro lugar no ranking de denúncias recebidas pela Ouvidoria do Ipem-MG. Nesse mesmo período, as queixas envolvendo problemas nas bombas de abastecimento superaram em 9,6% o total registrado durante todo o ano de 2017.
“Esse resultado é reflexo do trabalho de divulgação do canal da Ouvidoria, que temos feito durante as ações de fiscalização em todo o estado, realizadas em parceria com a Agência Nacional do Petróleo (ANP) e com os Procons”, afirma o diretor-geral do Ipem-MG, Fernando Sette.
Orientações
Sette explica que, antes de iniciar o abastecimento, o consumidor deve observar se o valor de litros e o total a pagar estão zerados no painel, conferir o valor do preço por litro e a existência do lacre do Inmetro na bomba medidora, além de acompanhar o trabalho do frentista em todo o procedimento.
“O motorista também precisa atentar para os postos que praticam preços muito baixos em relação à média do mercado. Há situações em que os revendedores não entregam a mesma quantidade de litros paga pelo consumidor. Não há vantagem financeira para o cliente. Se houver indícios de fraude, o consumidor deve acionar o Ipem”, alerta Sette.
Precaução
A designer de interiores Carola Cunha percorre, em média, 180 quilômetros por dia. Em um mês, ela chega a gastar R$ 2,4 mil com combustível. “Quando abasteço, sempre observo se os números estão zerados na bomba. Nunca percebi nada de errado, mas fico de olho“, afirma.
Carola diz que não tem o hábito de pedir nota fiscal ao abastecer o veículo. “Estou sempre correndo e acabo deixando para lá”, conta. Este é um erro que a maioria dos motoristas comete.
O diretor-geral do Ipem-MG, Fernando Sette, alerta que o documento fiscal é uma garantia caso o consumidor queira fazer uma reclamação junto ao posto ou aos órgãos de defesa do consumidor.
Ciente disso, a relações públicas, Simone Diniz, afirma que nunca sai do posto sem a nota fiscal. “Sempre fui rigorosa nessa questão e, depois que os preços dos combustíveis dispararam, passei a ser uma consumidora mais atenta e exigente”, conta.
Para evitar riscos, Simone diz que adota algumas medidas de precaução. “Só abasteço em postos que têm bandeiras conhecidas. Confiro o valor divulgado com o que está na bomba e verifico se ela está zerada. Também observo os equipamentos, o uso de sinalização e a postura do frentista e do gerente do posto”, ressalta.
Penalidades
A legislação metrológica vigente estabelece multa de R$ 100 a R$ 1,5 milhão caso se constate erro ou fraude na bomba do posto de combustível. “O valor varia conforme o porte da empresa e a reincidência do infrator”, explica Fernando Sette.
Crédito (foto): Omar Freire/Imprensa MG
Facebook
Twitter
Google+
YouTube