O ato de adotar uma criança tem o potencial de mudar vidas. No Brasil, mais de 8 mil crianças e jovens aguardam na fila para serem acolhidas por uma família. Em contrapartida, 38 mil candidatos a pais estão cadastrados para receber uma dessas crianças. Para reduzir essa disparidade e agilizar os processos de adoção, o presidente da República, Michel Temer, sancionou uma lei que facilita a adoção de crianças com deficiência e irmãos que se encontram em abrigos.
Segundo o Cadastro Nacional de Adoção do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), um quarto das crianças que aguardam por uma família possui problemas de saúde. Outro fator que dificulta a adoção é a questão dos irmãos. Mais da metade das crianças em abrigos possuem irmãos (59,6%). São 41.936 pretendentes cadastrados, 65,2% não aceitam adotar irmãos e 64% somente adotariam crianças saudáveis.
Walter Gomes, supervisor da área de adoção da Vara da Infância e da Juventude do DF explica que pretendentes com critérios passam entre cinco e sete anos na espera no Distrito Federal.
“A lei garante celeridade e prioridade na tramitação de candidatos que manifestam interesse em adotar crianças de idade mais avançada e adolescentes, grupos de irmãos, com deficiência crônica e necessidades especiais de saúde”. Gomes explica que em todos os casos, o processo de adoção é bastante cuidadoso e inteiramente acompanhado pela equipe das Varas de Infância dos estados. Quando as crianças cadastradas e as famílias em espera começam a se relacionar, a criação dos vínculos é gradual, começando com visitas, saídas e pernoite, no chamado estágio de adaptação.
Fonte: Governo do Brasil, com informações do CNJ e da Vara da Infância e da Juventude do DF
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