Macrorregião de Saúde Leste apresenta bons resultados e poderá avançar no programa
As academias de ginástica terão protocolos de reabertura na Onda Amarela do plano Minas Consciente, criado pelo governo estadual para garantir a retomada segura das atividades econômicas. Inicialmente, a previsão era que esses estabelecimentos só entrassem em funcionamento na Onda Verde, quando estão liberadas atividades não essenciais com alto risco de contágio.
A flexibilização foi deliberada nessa terça-feira (18/8) pelo Comitê Executivo, que analisou o cenário atual da pandemia e identificou a possibilidade de antecipar a reabertura do setor. Mesmo assim, o funcionamento completo desses estabelecimentos só será permitido na Onda Verde e os protocolos da Onda Amarela serão mais restritivos.
O governador Romeu Zema destacou que a decisão considerou, principalmente, a saúde dos mineiros e que as regras de higiene e distanciamento serão criteriosas.
“O nosso Comitê, juntamente com a Secretaria de Saúde, está definindo protocolos para a reabertura gradual, e com muito critério, das academias de ginástica. O protocolo vai exigir, por exemplo, distanciamento mínimo entre os frequentadores, agendamento para garantir que não haja lotação superior àquela considerada segura, e também higienização bem rígida dos equipamentos, para evitar a transmissão por meio das superfícies”, afirmou.
Economia
Ele lembrou ainda que 20% das academias do Brasil estão em Minas Gerais, o que aponta para a relevância econômica do setor.
“São 7 mil unidades em todo o estado, sendo que 800 delas estão em BH. Então, consideramos uma boa notícia essa possibilidade de reabertura segura. Mas vale lembrar que ainda não podemos baixar a guarda. Toda medida de segurança se faz necessária: o uso de máscara, o distanciamento, a higienização. Não vencemos a guerra, temos muitas batalhas pela frente. Conto com a postura zelosa do povo mineiro, que possibilitou que tivéssemos, hoje, a menor taxa de óbitos do Brasil”, disse.
Agências de viagem
Outra mudança deliberada pelo Comitê Executivo foi a transferência também das agências de viagem da Onda Verde para a Onda Amarela do plano. O grupo considerou que a atividade não tem risco de grandes aglomerações, além de serem importantes para garantir viagens de negócios e o fortalecimento de outras cadeias produtivas, como aeroportos, hotéis e pousadas.
O governador Romeu Zema também avaliou que a abertura das agências permitirá que as pessoas programem viagens futuras.
“Muitas pessoas já pretendem programar seus passeios, para quando eles forem possíveis, e, por isso, as agências são tão importantes. Além de serem grandes geradoras de emprego”, explicou, lembrando ainda que já é possível a venda on-line de pacotes.
As mudanças definidas passam a valer a partir do próximo sábado (22/8), após a publicação no Diário Oficial.
Além de discutir as deliberações sobre academias e agências de viagem, o Comitê Extraordinário Covid-19 decidiu, na reunião desta quarta-feira (19/8), o avanço da macrorregião de Saúde Leste para a Onda Amarela do Minas Consciente. A decisão se deve à baixa ocupação de leitos e tendência nítida de melhora nos indicadores. As demais macrorregiões serão mantidas nas ondas definidas na última semana.
Até esta quarta-feira, 61,7% dos municípios mineiros (527) aderiram ao plano Minas Consciente, impactando 12,8 milhões de pessoas.
Entre as 763 cidades com menos de 30 mil habitantes, 433 apresentaram menos de 50 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias. Assim, elas estão autorizadas a avançar automaticamente para a onda amarela do plano, independentemente da situação das macro ou microrregiões nas quais estão inseridas.
Onda Vermelha
As macrorregiões de Saúde Centro, Noroeste, Jequitinhonha, Nordeste e Vale do Aço estão na onda vermelha do plano. Nesses locais, está autorizada a abertura dos seguintes serviços:
– Supermercados, padarias, restaurantes, lanchonetes, lojas de conveniência;
– Bares (somente para delivery ou retirada no balcão);
– Açougues, peixarias, hortifrutigranjeiros;
– Serviços de ambulantes de alimentação;
– Farmácias, drogarias, lojas de cosméticos, lavanderias, pet shop;
– Bancos, casas lotéricas, cooperativas de crédito;
– Vigilância e segurança privada;
– Serviços de reparo e manutenção;
– Lojas de informática e aparelhos de comunicação;
– Hotéis, motéis, campings, alojamentos e pensões;
– Construção civil e obras de infraestrutura;
– Comércio de veículos, peças e acessórios automotores.
Onda Amarela
As macrorregiões de Saúde Leste, Norte, Triângulo do Norte, Triângulo do Sul, Oeste, Sul, Centro-Sul, Sudeste e Leste do Sul apresentaram índices favoráveis para a abertura de serviços não essenciais, contemplados pela onda amarela. Nesta fase, são permitidos:
– Bares (consumo no local);
– Autoescola e cursos de pilotagem;
– Salão de beleza e atividades de estética;
– Comércio de eletrodomésticos e equipamentos de áudio e vídeo;
– Papelaria, lojas de livros, discos e revistas;
– Lojas de roupas, bijuterias, joias, calçados, e artigos de viagem;
– Comércio de itens de cama, mesa e banho;
– Lojas de móveis e lustres;
– Imobiliárias;
– Lojas de departamento e duty free;
– Lojas de brinquedos;
– Academias (com restrições)
– Agência de viagem
Onda verde
Nenhuma macrorregião mineira apresentou, até o momento, índices favoráveis para inclusão na onda verde, que permite a abertura de clubes, cinemas e estúdios de piercings e tatuagens, entre outros serviços. Para avançar para a onda verde, as cidades precisam estar há 28 dias consecutivos na onda amarela, sem sofrer retrocessos durante esse período.
Microrregiões
A abertura de novos leitos de UTI adulto possibilitou a divisão de cinco novas microrregiões em Minas Gerais. Agora, passarão a ser consideradas individualmente as regiões de Congonhas (16 novos leitos), Araçuaí (6), Itaobim (4), São Gotardo (10) e João Pinheiro (10).
Além das macrorregiões, os dados das 67 microrregiões mineiras são considerados pelo Comitê Executivo Covid-19, permitindo que elas sejam divididas por ondas, conforme as realidades específicas. Caso as ondas indicadas para as macro e microrregiões sejam diferentes, caberá a cada prefeito optar por qual das duas recomendações seguir.
Crédito (artes): Governo de Minas Gerais
Crédito (foto): Gil Leonardi / Imprensa MG
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