Apesar da vacina ser a principal arma contra a doença, apenas 260 cidades registram mais de 70% de cobertura da dose de reforço
Minas Gerais não registrou mortes por covid em 813 municípios mineiros nos últimos sete dias, o equivalente a 95 % das cidades do estado. Já considerando os últimos 15 dias, 785 municípios não tiveram óbitos pela doença. Os dados foram apresentados pelo secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, o médico Fábio Baccheretti, na manhã desta quinta-feira (26/5), durante reunião mensal do Comitê Extraordinário Covid-19.
No entanto, a incidência da doença tem crescido em algumas regiões do estado. Na média, a taxa cresceu 36% na última semana e 217% nos últimos 14 dias.
“Observamos o aumento no número de casos de covid, principalmente nas regiões Sul e Triângulo do Sul. No entanto, não percebemos aumento no número de óbitos ou internações. Por isso é tão importante a vacinação. Peço mais uma vez que todos completem o esquema vacinal e levem os filhos para tomar as doses”, ressaltou o secretário.
Baccheretti afirmou ainda que, assim como a gripe, a covid-19 também vai ser mais comum na época de frio e tempo seco. “Mas não se trata de uma cepa nova e nem de uma suposta quarta onda da doença”, pontuou.
Cobertura vacinal
Baccheretti destaca que a cobertura vacinal é a principal arma contra a covid-19. “De modo geral, o estado tem 82% de cobertura da primeira dose entre maiores de 18 anos e 70% entre as crianças de cinco a 11 anos. Mas doses de reforço em adultos têm sido negligenciadas em muitas regiões. Apenas 260 municípios registram mais de 70% de cobertura da dose de reforço. No caso da segunda dose infantil, em média 50% dos pais estão desconsiderando a aplicação”, detalhou.
Outro ponto apresentado na reunião diz respeito à heterogeneidade do estado, que registra resistência à vacina principalmente em regiões mais distantes dos grandes centros.
“Nesse sentido, estamos em trabalho de mobilização. É muito importante insistir na cobertura vacinal completa”, frisou.
Máscaras
Baccheretti ressaltou ainda que o uso ou a dispensa de máscaras é prerrogativa de cada município. Mas disse que recomenda o uso de acordo com a escolha pessoal de cada um e do bom senso. “Minhas filhas, de quase 5 anos, vão para a escola de máscara”, disse.
O secretário finalizou a reunião com informação de que a disponibilidade de uma quarta dose para maiores de 18 anos vem sendo avaliada por estados e governo federal
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