Na Semana Nacional da Luta Antimanicomial, uma divulgação dos atendimentos oferecidos para as pessoas com transtorno mental ou dependentes de álcool e drogas
O Dia Nacional da Luta Antimanicomial é 18 de maio, data em que se recorda o fim das internações em sanatórios e manicômios para se priorizar o tratamento de doentes mentais junto às famílias. Em Araxá, a Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Saúde, promoveu nesta sexta-feira, 17, a divulgação dos serviços e atendimentos oferecidos na cidade para as pessoas que sofrem com transtornos mentais psíquicos ou decorrentes do uso de álcool e outras drogas.
Profissionais dos Centro de Atenção Psicossocial – CAPS 2 “Maria Pirola”, Centro de Atenção Psicossocial de Álcool e Drogas (CAPS AD), Centro de Atenção Psicossocial Infantil e Juvenil (CAPS i), das unidades de saúde, acompanhados de pacientes, se reuniram no Calçadão da Rua Presidente Olegário Maciel para divulgar os atendimentos oferecidos na cidade. Houve apresentação musical do Grupo de Seresta do SESC e participação dos universitários do curso de Psicologia do Centro Universitário do Planalto de Araxá (Uniaraxá).
A coordenadora do CAPS “Maria Pirola”, Maria das Graças Resende Vasconcelos, explicou que estão fazendo atividades externas e até o dia 24 de maio, todas as unidades de saúde e os CAPS farão trabalhos internos como oficinas de cidadania, reflexões e exibição de filmes. Ressaltou que o objetivo é mostrar que saúde mental é primordial para todos. “Quando a pessoa não tem caso de transtorno mental dentro de casa ela não acha que isso é importante. A gente vem pra rua, divulga o serviço para informar que todos podem adoecer. Queremos mostrar também que conviver em sociedade, dançar brincar, gera saúde. Além disso é importante conhecer o corpo para identificar indícios de saúde mental e procurar ajuda nos locais adequados”, reforçou a coordenadora.
A psiquiatra do CAPSi, Daniella Rodrigues Gonçalves, informou que as ações durante a Semana são para mostrar que a saúde mental é muito importante e que o tratamento deve ser feito com uma rede de apoio, envolvendo a família, a equipe e os projetos. “O isolamento e a exclusão não ajudam, o caminho para o sucesso está na inserção do paciente. Queremos mostrar que as brincadeiras, o carinho, o afeto fazem parte da prevenção do adoecimento mental”, ressaltou Daniella.
A dona de casa Elisete Mateus Nogueira, é aposentada e conta que só vivia nos manicômios e sanatórios. Há oito anos frequenta o Caps Maria Pirola e melhorou quase 90%. Tem aulas de artesanato, bate papo, conheceu novas pessoas. “Faço minhas coisas sozinha, os médicos conseguiram me deixar estável, sem surtar. O atendimento é muito bom, é como se fosse a extensão da nossa casa”, afirmou.
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