Governador foi um dos convidados do debate promovido pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Espírito Santo (Ibef-ES)
O governador Romeu Zema participou, neste sábado (20/6), do Encontro Anual do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Espírito Santo (Ibef-ES).
Por meio de videoconferência, Zema debateu temas ligados ao desenvolvimento econômico do país, como o Custo Brasil, investimentos em infraestrutura, desburocratização da área ambiental e da necessidade das reformas estruturais.
O governador reforçou que, neste primeiro momento, diante do cenário de crise sanitária e econômica atravessado pelo país, é preciso dar apoio e condições para que o setor produtivo continue a se desenvolver.
“Para isso, é necessário que o crédito chegue aos empresários e que medidas que preservem o emprego sejam adotadas. Caso contrário, correremos o risco de passar de uma recessão para uma depressão”, avaliou.
Para Zema, déficit fiscal, atualmente, é algo secundário. “Temos que manter a infraestrutura econômica funcionando para que as empresas tenham oxigênio até o fim da pandemia”, afirmou. No caso de Minas, o governador chamou atenção para o papel desempenhado pelo Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG).
Recorde
Em maio, o banco desembolsou R$ 62 milhões em crédito para micro e pequenas empresas (MPEs), recorde mensal para o segmento desde que o banco foi fundado, há 58 anos. Com isso, os desembolsos do BDMG para as MPEs do estado acumulam R$ 155,6 milhões nos cinco primeiros meses do ano, alta de 101% sobre o mesmo período do ano passado, quando o desembolso foi de R$ 77,3 milhões.
Reforma
Sobre o enfrentamento das questões administrativas que oneram o Estado, Romeu Zema destacou o encaminhamento à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) da proposta de Reforma da Previdência dos servidores civis que estão inseridos no Regime Próprio de Previdência Social (RPPS). As alterações garantem uma economia de R$ 32,6 bilhões aos cofres públicos nos próximos dez anos. O documento foi entregue pelo governador nessa sexta-feira (19/6), pessoalmente, ao presidente da ALMG.
O modelo a ser adotado apresenta alíquotas progressivas, nas quais quem ganha menos paga menos, a título de contribuição. Já aqueles que recebem mais pagarão um valor maior de contribuição.
De acordo com o governador, a reforma corrige alguns desvios. “O Brasil, nos últimos anos, tornou-se refém das corporações. São os mais variados sindicatos, com poder de mobilização, que acabam fazendo com que várias categorias do setor público tenham ganhos superiores às funções similares na iniciativa privada”, alertou.
Meio ambiente
Zema explicou que, desde que assumiu o governo, adotou medidas na área ambiental que garantissem mais transparência e agilidade dos processos ambientais. Para exemplificar, o governador destacou o Sistema de Licenciamento 100% Digital, assegurando maior confiabilidade nas informações.
Outra iniciativa foi o Sistema de Fiscalização e Auto de Infração Digital, garantindo mais agilidade aos fiscais em campo, que ainda trabalhavam com a lavratura do auto com blocos de papel.
Também participaram do debate o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, e do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite. A moderação foi feita pelo presidente da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes), Léo de Castro.
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