Com o tema “Alma, Leitura e Revolução”, o VII Fliaraxá aconteceu de 27 de junho ao dia 1 de julho, no Grande Hotel de Araxá
Realizado nos diversos salões e espaços internos do septuagenário hotel e em mais de 2.425m² de estrutura externa montada especialmente para o evento, o Fliaraxá teve 120 convidados, entre escritores, músicos, atores, fotógrafos e contadores de histórias. Ao todo, foram oferecidas 325 atividades para todas as idades em um evento que movimenta a economia local. Apenas nesta edição, mais de 350 profissionais trabalharam diretamente no evento.
Acompanhe a cobertura fotográfica do evento: https://bit.ly/2KpW4ok
Alguns das principais mesas foram transmitidas simultaneamente na página do festival no Facebook (/Fliaraxa), totalizando 43 mil visualizações. Nas redes sociais, foram registradas 1,1 milhão de impressões, o que representa cerca de 600 mil pessoas atingidas. Apenas no site oficial do Fliaraxá, foram contabilizados 100 mil acessos.
“O Fliaraxá chega à sua sétima edição com um grau de amadurecimento capaz de iluminar os pontos cegos deste nosso país em crise, mergulhado na desesperança, na intolerância e em extremismos estéreis. O Fliaraxá mostra que a cultura é a única vereda pela qual poderemos repactuar a nação. Com seu trabalho de juntar professores, alunos, intelectuais, leitores, cidadãos, crianças e artistas de todas as modalidades, o Fliaraxá comprova, na vida material, que a diferença é libertadora e que a igualdade de oportunidades é uma utopia concreta, ao alcance dos olhos. Livros que deslumbram, ideias que arrebatam, pensamentos que desafiam, gente que se encontra, que se descobre, que se gosta. O Fliaraxá é a humanidade brasileira acesa por dentro. É o diálogo possível — o diálogo que surpreende por ser possível. A leitura é a alma da revolução — uma revolução que não pode mais esperar. E a revolução renova a alma da leitura. Aprender a ler. Ler para mudar. Mudar para ler. E ler mais. Mudar mais. Um livro, uma palavra, um toque de afeto. A discordância na marca do respeito. Do querer bem. A escuridão brasileira não precisa de outra luz — que não esta.”
Eugênio Bucci, jornalista, escritor, professor e curador do VII Fliaraxá
Entre as atrações internacionais desta edição o angolano Gonçalo Tavares, o mexicano Juan Pablo Villalobos e o francês Philippe Lobjois, além dos brasileiros Leonardo Boff, Monja Coen, Marcelo Rubens Paiva, Marcia Tiburi, Humberto Werneck, José Miguel Wisnik, Luiz Ruffato, Wander Melo Miranda, Angela Alonso, Angela Castro, Heloísa Espada, Ricardo Ramos Filho, Nilton Bonder, Heloisa Starling, Eugenio Bucci, Ilana Casoy, Cesar Bravo, Paula Pimenta, Maria Paula Dallari Bucci, Ricardo Aleixo, Marcel Souto Maior, Pedro Muriel, Chico Mendonça, Carla Madeira, Sergio Abranches, a youtuber Jout Jout e toda a família Klink – Amyr, Marina, Laura, Marininha e Tâmara.
Na programação infanto-juvenil, destaque para a presença de um dos mais importante escritores do gênero no Brasil, o paulista Pedro Bandeira. Ao seu lado, Leo Cunha, Marcelo Xavier, Ilan Brenman, José Santos, Rodrigo Libânio Christo, Silvana Gontijo, Lucrécia Leite, Fernanda de Oliveira (Fê Liz), Salatiel Silva e Tino Freitas. O Fliaraxá deu continuidade à estratégia de estabelecer forte presença nas escolas, engajamento de professores e pais, com interlocução junto ao poder público na área de educação, que enviou ao evento cerca de 5 mil alunos.
O já tradicional “Prêmio de Redação Maria Amália Dumont”, contou com a participação de 3.789 estudantes de escolas araxaenses. Neste ano, uma novidade, a premiação foi divida, por idade, em três categorias. Os alunos que ficaram em primeiro e segundo lugares receberam um troféu das mãos das autoras homenageadas do VII Fliaraxá, Ana Maria Machado e Marina Colasanti. Além disso, uma premiação em dinheiro foi oferecida pela CBMM.
Em salas menores, o projeto “Mastigando Autores”, promoveu encontros mais intimistas entre autores e leitores. Sem mediação, todos os escritores convidados do Fliaraxá ficaram à disposição do público para conversas mais à vontade.
No Fliaraxá Gastronomia, 26 expositores ofereceram o melhor da culinária regional, além das principais cervejas artesanais. No mesmo espaço, uma extensa programação musical foi apresentada no coreto e no palco principal, com nomes como Aline Calixto, Thiago Delegado, Marcelo Veronez, Bala da Palavra, Lula Ribeiro, Lagum, entre outros.
O fotógrafo Fernando Rabelo apresentou seu trabalho na exposição “Imagens de um Flâneur Brasileiro em Paris”. Além disso, Rabelo protagonizou o “Mastigando Retratos”: em um estúdio montado no Grande Hotel, o fotógrafo retratou todos os autores presentes ao Fliaraxá.
Na frente do Grande Hotel de Araxá foi instalada a livraria que talvez possa ser considerada a maior de todos os festivais brasileiros, com 830 metros quadrados, administrada pela carioca Blooks, de Elisa Ventura. Neste ano, o Fliaraxá inova ao divulgar a lista dos mais vendidos, considerando os autores convidados para o evento:
TOP 12 Livros mais vendidos – Autores do Fliaraxá
1. O Inferno somos nós: do ódio à cultura de paz (Ed. Papirus) – Leandro Karnal e Monja Coen
2.Tá todo mundo mal (Ed. Companhia das Letras) – Jout Jout
3. O amor que sinto agora (Ed. Planeta) – Leila Ferreira
4. A sabedoria da transformação: reflexões e experiências (Ed. Academia) – Monja Coen
5. Zen para distraídos (Ed. Academia) – Monja Coen e Nilo Cruz
6. Tudo é Rio (Ed. Quixote) – Carla Madeira
7. O diário de Myriam (Ed. Darkside) – Philippe Lobjois
8. Feminismo em comum: para todas, todes e todos (Ed. Rosa dos Tempos) – Marcia Tiburi
9. Ser republicano no Brasil colônia: a história de uma tradição esquecida (Ed. Companhia das Letras) – Heloísa Starling
10. A arte de ser leve (Ed. Planeta) – Leila Ferreira
11. As Lições de Chico Xavier (Ed. Planeta) – Marcel Souto Maior
12. Férias na Antártica (Ed. Peirópolis) – Tamara Laura, Estúdio Zinne e Marina Bandeira Klink
O VII Fliaraxá teve curadoria do idealizador do Festival, Afonso Borges, da professora Heloisa Starling, da UFMG, do jornalista Eugenio Bucci, da USP e do escritor Leo Cunha. Os curadores locais foram Luiz Humberto França e Rafael Nolli. O Fliaraxá é uma realização da CBMM e do Ministério da Cultura, via Lei Federal de Incentivo à Cultura, com o apoio da Itaú, Cemig, Prefeitura Municipal de Araxá, Secretaria Municipal de Educação de Araxá, Fundação Roberto Marinho, Câmara Brasileira do Livro, Câmara Mineira do Livro, Academia Araxaense de Letras, TV Integração e Uniaraxá. Toda a produção do evento esteve a cargo da Rubim Produções.
Histórico do Festival
O Fliaraxá é realizado no município mineiro desde 2012. A primeira edição teve como tema “Juventude e Experiência” com a presença de 25 autores, reunindo 6 mil pessoas. Em 2013, com o tema “A Viagem na Literatura”, a segunda edição recebeu 44 autores e público de 8 mil pessoas. O terceiro evento, em 2014, com o tema “Leitura para um Mundo Melhor” somou 11 mil pessoas e presença de 39 autores. Em 2015, em sua quarta edição, o tema foi “Imagina o Livro, Imagina a Cidade”, contou com 60 autores e 15 mil expectadores. Em 2016, na quinta edição, com o tema “ O Amor, a Leitura e as Diferenças”, 16.732 mil pessoas participaram do festival, com a presença de 70 convidados. Em 2017, com o tema “Língua, Leitura e Utopia”, o Festival recebeu 25.776 pessoas, 80 autores, oferecendo 125 atividades. Mais de 110 mil livros foram comercializados na livraria do Fliaraxá, nestas seis edições. Desde o início, é realizado uma premiação que seleciona as melhores redações de alunos das escolas da cidade, denominado “Prêmio de Redação Maria Amália Dumont”.
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