Marcado por consecutivos aumentos nos preços dos combustíveis e consequentemente nos postos de abastecimento, o ano de 2021 foi desafiador para o segmento de transporte. De acordo com um levantamento do Valor Data, a Petrobrás já acumula um crescimento de cerca de 65,5% no preço do litro do diesel desde o início do ano anterior. Dados divulgados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) revelaram que o diesel superou as máximas históricas, considerando as correções mensais pela inflação, e ultrapassou pela primeira vez em outubro do ano anterior o valor de cinco reais.
As incertezas no mercado de combustíveis vêm preocupando principalmente os transportadores, que temem por um cenário similar com o de 2021. Uma pesquisa divulgada pela ValeCard indica uma projeção de uma queda acumulada de 5,94% no preço do combustível para o primeiro trimestre, número inexpressivo frente ao acúmulo crescente do diesel. A expectativa é que em abril os valores voltarão a subir e devem atingir a maior alta em setembro.
Como o valor do barril de petróleo é pautado pelo dólar, tanto os custos de produção quanto de distribuição dos combustíveis são afetados pela alta do câmbio. Assim como em 2021, a expectativa do mercado é que o real continue sendo desvalorizado frente à moeda norte-americana, levando empresários do segmento a buscarem novas alternativas para o custo. Segundo Ricardo Lerner, fundador da Gasola, plataforma cujo objetivo é reduzir os custos de combustível para as transportadoras e elevar o lucro dos postos de abastecimento, a incerteza tende a assombrar transportadores e empresas com frota.
“Enquanto o real estiver desvalorizado em comparação ao dólar, os aumentos continuarão acontecendo acima da inflação. Isso aumenta ainda mais a relevância de se conseguir economia em combustível para as empresas que possuem frota. Toda economia, seja em desconto ou em melhoria de consumo, faz toda a diferença”, comenta o CEO da Gasola.
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