Nos próximos meses, a campanha contra a Violência Infantojuvenil abordará diversos espectros da negligência e violência contra crianças e adolescentes. A iniciativa parte do trabalho em conjunto com o Centro de Formação Profissional Julio Dário e o CONSEP – Conselho Comunitário de Segurança Pública de Araxá com incentivo do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, com o apoio da Prefeitura Municipal de Araxá, Centro Universitário do Planalto de Araxá, Ministério Público, TV Integração, Policia Militar e Civil, TJMG e Agenda Comum Intersetorial.
Com o propósito de prevenir, orientar e informar sobre a prevenção e combate a todo tipo de violência infantojuvenil, a Campanha abordará diversos aspectos sobre violências que tem atingido crianças e adolescentes em nossa sociedade.
Em 2018, pesquisas e dados do Disque 100 — Serviço de Proteção a Crianças e Adolescentes — apontam mais de oito mil casos de violência física contra crianças e adolescentes; apenas no estado de Minas Gerais. Entende-se por violência física todo ato de utilizar da força física para machucar ou agredir uma pessoa, de forma intencional ou não.
Pesquisas semelhantes, revelam também outra triste realidade, o abuso sexual de crianças e adolescentes. Números apontam que a maioria dos casos conhecidos ocorrem dentro da própria casa da vítima, onde ela é abusada ou explorada pelos próprios pais, familiares, padrastos ou amigos da família; muitas vezes, durante anos.
Indo além desses dois aspectos da violência contra crianças e adolescentes, a presente campanha tem ainda o objetivo de abordar outros temas igualmente importantes e que têm recebido poucos holofotes.
O abandono e a negligência, marcados pela ausência da figura paterna e materna como guardiões e protetores da criança, demonstra o descaso dos pais e responsáveis para com seus filhos, deixando-os serem educados pelo ambiente a que têm acesso, causando na vítima diversas dores psicológicas e, muitas vezes, aproximando-a do crime e das drogas.
O abandono digital, grande mal do século XXI, é uma das faces do abandono e da negligência de pais e responsáveis para com seus filhos. Caracterizado pela falta de controle dos pais na vida digital da criança e do adolescente, o abandono digital coloca a vítima diante de diversos perigos que se escondem dentro e fora da tela do celular e do computador.
A violência psicológica contra crianças costuma ser silenciosa e pode estender por anos e frequentemente, por não terem ainda a maturidade emocional para entender, podem nunca se dar conta do que sofreram ou podem achar que essa forma de tratar o outro é normal.
O abuso emocional acontece quando uma pessoa exerce uma espécie de poder sobre a outra e a faz se sentir diminuída, incapaz, negligenciada. Algumas formas de violência psicológica: humilhar, julgar, criticar em demasia, controlar, fazer passar vergonha ou sentir culpa.
Todos esses temas serão abordados ao longo da campanha que será veiculada a nível regional. A iniciativa produzirá publicações periódicas nas redes sociais, assim como ações publicitárias em vias públicas e em diversos meios de comunicação, com o propósito de diminuir o número de casos, incentivar a denúncia e reforçar o ambiente de segurança para crianças e jovens.
A campanha é uma extensão do projeto executado em 2018, que tinha como escopo, na época, o combate contra a violência sexual de crianças adolescentes.
Dessa vez a campanha retorna com mais força, ressaltando mais uma vez o valor de proteger e zelar pela integridade física e psicológica daqueles que irão nos suceder.
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