Você tem dor no pé?

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Causas para a dor no pé

dor no pé é um sintoma que pode ser devido a diversas patologias (ou doenças). A fascite plantar, os joanetes, o esporão do calcâneo, o Neuroma de Morton, a artrite gotosa são alguns exemplos de patologias que provocam dores nos pés, como veremos adiante com maior detalhe.

Divulgação

A dor no pé pode ocorrer em qualquer faixa etária, sendo contudo mais frequente em adultos, após os 40 anos de idade. Este sintoma afeta o sexo feminino e masculino de igual forma. No entanto, a dor no pé é mais frequente em desportistas, em pessoas que usam calçado impróprio, como são exemplo os sapatos de salto alto nas mulheres, em pessoas com diferença no tamanho dos membros inferiores (pernas), em doentes com alterações no tipo de “pisada, marcha”, isto é, sempre que as forças que os pés devem suportar estão mal distribuídas, etc. Na criança, a doença de Sever é a patologia mais frequentemente relacionada com a dor no pé.

A dor tanto pode ocorrer em apenas um pé (dor no pé esquerdo ou dor no pé direito), sendo as causas, habitualmente, indiferentes à lateralidade. Em alguns casos, embora menos frequente, as dores podem incidir em ambos os pés (bilateral).

tratamento depende das causas subjacentes, ou seja, deve ser instituído de acordo com a patologia que está a provocar a dor no pé, como veremos adiante com maior detalhe.

Apresentamos-lhe, de seguida, as principais causas para a dor no pé.

Fascite plantar

A fascite plantar é a principal causa de dor no calcanhar, podendo em alguns casos a dor irradiar para outras regiões do pé. A fascite plantar é a inflamação da fáscia plantar. A fáscia plantar é uma banda espessa e fibrosa na parte inferior do pé (por baixo do pé ou na “sola do pé”) que se estende desde o calcâneo (osso do calcanhar) até aos dedos do pé.

O ponto alto de incidência desta patologia verifica-se na faixa etária entre os 40 e os 60 anos, afetando igualmente ambos os sexos.

A fascite plantar tem como sintoma principal a dor no pé, sentida com maior intensidade quando exerce força sobre o pé (ao pisar no chão para caminhar), podendo, no entanto, a dor também fazer-se sentir em repouso. A dor ao colocar o pé no chão é sentida como uma “pontada”. Em casos mais graves, a dor pode ser de tal forma violenta, que o doente pode não conseguir colocar o pé no chão.

Quando caminha, a dor tende a atenuar, mas quando está longos períodos de tempo em repouso ou permanece de pé, a dor intensifica-se. A dor é, habitualmente, mais intensa quando acorda de manhã, se levanta da cama e caminha pela primeira vez (dá os primeiros passos). De igual modo, a dor é tipicamente mais intensa quando permanecemos muito tempo sentados e damos depois os primeiros passos. Geralmente, as dores agravam quando subimos escadas e permanecemos longos períodos de tempo em pé. Por sua vez, a dor tende a diminuir ao longo do dia, quando deambulamos (ao andar, com atividade).

Com o avançar da doença, a zona envolvente fica propensa ao aparecimento de vermelhidão e edema (inchaço).
O tratamento atempado e adequado da fascite plantar são de primordial importância de modo a evitar que o problema evolua para dor crónica.

Joanete

O joanete é uma saliência óssea ou um “osso mais saído que o normal”. Pode afetar o primeiro dedo do pé ou “dedo grande” (Hallux Valgus) ou então, afetar o quinto dedo do pé ou “dedo mínimo” (Bunionett). O joanete que afeta o primeiro dedo (Hallux Valgus) é o tipo de joanete mais frequente.

O joanete é a patologia (ou doença) mais frequente nos pés dos adultos. Estima-se que cerca de 30% da população possui algum tipo de deformidade. Os joanetes incidem maioritariamente no sexo feminino pois, o uso excessivo de sapatos de salto alto, os denominados de “bico fino” contribui, desde logo para uma deformação do dedo e, consequentemente, para o aparecimento deste problema.

O joanete é uma patologia que com o passar do tempo tende a piorar. Um dos principais sintomas é a dor no pé, que pode ir de moderada a vigorosa, dependendo do grau de deformidade, entre outros fatores.

Muitos joanetes são assintomáticos (não provocam qualquer sintoma). O aparecimento da dor pode ser despoletado pela evolução da deformidade ou com algum fator desencadeante. O uso de calçado inadequado (sapatos apertados, saltos altos, …) é um importante fator de risco para o agravamento do problema. Em alguns casos, para além das dores, pode ocorrer inflamação, verificar-se edema (inchaço) dos tecidos moles e a “pele ficar vermelha”.

Neuroma de Morton

O Neuroma de Morton é uma tumefação (nódulo) do nervo digital plantar, caracterizado por fibrose e desorganização das fibras nervosas. É mais frequente no 3º espaço interdigital do pé (entre o 3º e 4º dedos).

Os principais sintomas são a dor no pé (na parte superior do pé) junto aos dedos (metatarsos ou ossos do pé), sensação de “choques elétricos” ou de “pisar vidro”. Os sintomas tendem a agravar quando usa sapatos apertados ou com saltos altos, uma vez que, nestas situações, o peso do corpo é “empurrado” para a frente, aumentando a pressão que é exercida na “parte da frente do pé”. As dores também tendem a agravar com a marcha prolongada, com a corrida e com a prática de desporto.

Esta patologia é mais frequente nas mulheres que usam calçado inadequado, idade acima dos 50 anos de idade e em desportistas.

Tendinites dos extensores do pé

A dor no dorso do pé (dor no peito do pé ou parte superior do pé) pode também, resultar da inflamação dos extensores do pé (tendinite dos extensores do pé). Na maioria dos casos, do extensor do hallux.

A tendinite é uma inflamação do tendão, neste caso do extensor do hallux que é o extensor do primeiro dedo do pé (dedo grande).
Para além das tendinites, o higroma (reação óssea revestida a pele dura) é frequente na causa de dor no dorso do pé.

Entorse do tornozelo

Um entorse do tornozelo é uma lesão ligamentar (dos ligamentos) do tornozelo e que ocorre quando o “pé é torcido” acidentalmente. A lesão ligamentar pode variar bastante em termos de gravidade. Em alguns casos, pode ocorrer algum tipo ligeiro de estiramento, noutros casos graves estiramentos mais extensos ou pequenas roturas ou, então, pode mesmo ocorrer roturas dos ligamentos (os ligamentos rompem-se).

Um entorse provoca dor no pé, que pode ir de moderada a bastante forte, fundamentalmente, na região do tornozelo, mas que pode irradiar a todo o pé e, em alguns casos, até à perna. Em alguns entorses as dores podem ser intensas ao ponto do doente não conseguir colocar o pé no chão para caminhar. Por norma, ocorre edema do tornozelo (“tornozelo inchado”).

Os praticantes de desportos que exigem movimentos bruscos e nos extremos de amplitude com os pés, como por exemplo no futebol ou futsal, são mais suscetíveis aos entorses. Contudo, os entorses do tornozelo também podem ocorrer em situações quotidianas, quando coloca “mal o pé no chão”, etc..

A maioria dos entorses não são graves, não ocorrendo rotura de ligamentos (apenas estiramento), devendo, contudo, serem todos avaliados pelo médico ortopedista para avaliação da situação.

Um entorse do tornozelo é, na maioria das vezes, facilmente percetível pelos doentes, ocorrendo dor imediatamente após a lesão e edema (inchaço), posteriormente. No entanto, podem ocorrer pequenas lesões, desvalorizadas na hora, e que podem apresentar algum tipo de sintomatologia, mais tarde.

Esporão do calcâneo

O esporão do calcâneo (osso do calcanhar) é uma saliência óssea, que maioritariamente surge na parte inferior (por baixo) do calcanhar. O Calcâneo é o maior osso do pé e tem como principal função sustentar o peso do nosso corpo, de modo a atenuar os impactos com o solo. O esporão é uma formação anómala, que não é visível externamente. O principal sintoma é a dor no calcanhar, fundamentalmente, ao colocar o pé no chão para andar, etc..

Para que se verifique dor, é necessário também, que ocorra fascite plantar. As dores são, tal como vimos já, habitualmente, mais intensas quando nos levantamos e damos os primeiros passos e/ou permanecemos bastante tempo sentados e depois começamos, os primeiros passos.

Em alguns casos, pode ocorrer edema do calcanhar ou até mesmo do tornozelo.

Outras causas

Para além das causas atrás apresentadas, que estão entre as principais percussoras de dor no pé, outras patologias poderão estar na origem deste sintoma.

Por exemplo, doenças sistémicas como artrite reumatóide, artrite psoriática, síndrome de Reiter, sarcoidose, osteomielite (infeção óssea), doença de Paget, entre outras, podem também provocar dor no pé.

As hérnias discais (ou hérnias de disco) ao nível da coluna lombar devido à compressão das raízes nervosas podem desencadear dor referida ao tornozelo.

Possuir pé cavo ou pé chato pode também ser um motivo para o surgimento de dor no pé. Estas alterações da curvatura do pé afetam a distribuição de carga e amortecimentos de impactos com o solo. Estes factos podem levar ao desenvolvimento de algumas patologias atrás referidas como a fascite plantar, metatarsalgia e o esporão do calcâneo, entre outras.

A doença de Freiberg, apesar de ser pouco frequente, pode também ser uma das causas para a dor no ante pé. Atinge com maior frequência as adolescentes femininas e praticantes de atividade física.

As artroses, são outro exemplo de causas possíveis de dor.

Tratamento de dor no pé

O tratamento da dor no pé depende das causas subjacentes. Ou seja, após diagnóstico, delinear um plano de tratamento de acordo com a patologia (ou doença) responsável pela dor.

Em caso de inflamação, o médico ortopedista pode prescrever medicamentos (ou remédios) anti-inflamatórios de forma a aliviar a dor e reduzir a inflamação. De acordo com as causas, muitos outros medicamentos podem ser usados para tratar ou realizar alívio sintomático.

A fisioterapia é aconselhada em todas as situações, pois a cinesioterapia como ecercicios, alongametos são fundametais para trabalhar toda a musculatura envolvida, pode recomendado também a aplicação de gelo (geralmente na fase aguda) ou calor (na fase crônica) a utilização da eletroterapia pode ser um solução para obter-se o alivio da dor e controle da inflamação.

O uso de ortóteses (palmilhas) podem ser prescritas para permitir uma recuperação mais rápida e melhorar a sintomatologia.

Em muitos casos o fisioterapeuta pode sugerir alterações no estilo de vida, como perda de peso através da adoção de uma alimentação mais adequada, evitar o sedentarismo, prática regular de atividade física, etc..

No caso dos desportistas pode haver necessidade de restrição da atividade física, durante algum período de tempo, de modo a realizar a recuperação.

O tratamento cirúrgico (cirurgia ou operação) possui indicações definidas e são o último recurso quando os tratamentos conservadores fracassam. A grande maioria dos casos de dor no pé é tratada sem recurso a tratamento cirúrgico.

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Dr. Luiz Fernando Alves de Castro – Fisioterapeuta – Crefito 62.334 – F

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