A primavera chegou e, com ela, aumentam os dias quentes e chuvosos — combinação ideal para a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. Em Araxá, a preocupação é ainda maior: apesar das diversas ações promovidas pela Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, a cobertura vacinal contra a doença segue abaixo da meta.
O público-alvo da campanha são crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. O município deveria vacinar 6.579 pessoas, mas até o momento foram aplicadas apenas 2.850 primeiras doses (D1) e 990 segundas doses (D2). A vacina contra a dengue só garante proteção efetiva após a aplicação das duas doses, com intervalo de três meses entre elas.
A coordenadora de Imunização de Araxá, Érica Fonseca, alerta para os riscos. “A vacina tem papel fundamental: ela ajuda a prevenir as formas graves da dengue, reduz internações e salva vidas. Quando não alcançamos a meta, aumentam as chances de casos graves, hospitalizações e até mortes. Mesmo com campanhas em escolas, zona rural, horários noturnos e até ações no Dia D de atualização do cartão de vacinas, a adesão ainda está baixa.”
Além disso, quem já teve dengue deve aguardar seis meses após a infecção para iniciar o esquema vacinal. Caso a doença ocorra entre a primeira e a segunda dose, a segunda deve ser aplicada 30 dias após o início dos sintomas.
A Prefeitura reforça que a vacina está disponível gratuitamente em todas as Unidades de Saúde para o público de 10 a 14 anos. “Vacinar é proteger não só quem recebe a dose, mas toda a comunidade. É uma atitude de responsabilidade com a saúde coletiva”, conclui Érica.
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