por Gabriel Pinheiro
Revelações literárias da cena araxaense conversaram sobre literatura e inspiração na mesa “Jovens escritores”
O Auditório da Biblioteca celebrou a novíssima literatura brasileira nesta sexta-feira de 13.º Fliaraxá – Festival Literário Internacional de Araxá. A mesa “Jovens escritores” recebeu Yasmim Bonfim, João Victor Idaló e Manoelita Chagas, com mediação de Talma Macedo.
“A vida pulsante do coração do jovem, que está no início da caminhada dentro da literatura, é como se fosse aquele fogo que vai queimando, com aquela vontade de se espalhar, de se expressar. Penso que a melhor parte do Fliaraxá ficou pra mim, que é conversar com os jovens escritores”, declarou Talma Macedo, numa abertura poética e um olhar generoso para as novas gerações.
Talma pediu para que os convidados falassem sobre a relação entre memória e literatura: “Como a memória vai influenciar a literatura de vocês? Na escrita, na inspiração? É lá que vocês buscam inspiração? Nesse banco de memórias que a vida nos faz formar?”. Manoelita Chagas relembrou as primeiras experiências de leitura, desde a infância, e na escrita que começou a se manifestar na adolescência. Já João Victor comentou: “Eu acho que a família é a base mais importante na criação de memórias. (…) Eu aprendi a ler com a minha avó. Aquilo me fascinava: ver a minha avó lendo. Hoje eu busco na minha memória afetiva a inspiração para a aquilo que eu escrevo”. Yasmim Bonfim comentou sobre o início de sua jornada de leitora e a importância da escola nesse processo.
A mediadora perguntou qual o caminho principal da leitura e da literatura dos convidados. “O conto? O romance? A poesia?”. Manuelita disse da importância da poesia em sua carreira. João Victor também reforçou a poesia, mas destacou a crônica em seu processo. Já Yasmim declarou que o romance e a fantasia são aqueles gêneros que mais a atraem.
Talma citou Manoel de Barros para falar da importância das memórias inventadas: “E as memórias inventadas? Até onde eles vão na escrita de vocês, ao pensar um texto?”. Manoelita celebrou Manoel de Barros, um de seus autores favoritos. “As invenções vem muito do nosso dia a dia, do cotidiano”, ela comentou. “A arte da escrita é sobre mentir bem”, declarou João Victor. Yasmim falou que a música é um ponto de partida importante para o seu processo criativo.
Sobre o 13.º Fliaraxá
O 13.º Fliaraxá ocorre de 1.º a 5 de outubro, no Teatro CBMM do Centro Cultural Uniaraxá. O evento acontece em mesas de conversa com escritores, lançamentos de livros, prêmio de redação, atividades para as crianças, apresentações musicais, entre outras. Todas as atividades do Festival são gratuitas.
Há 13 anos, a CBMM apresenta o Festival Literário Internacional de Araxá – Fliaraxá –, via Lei Rouanet do Ministério da Cultura, com a parceria da Bem Brasil e o apoio cultural do Centro Cultural Uniaraxá, da TV Integração e da Academia Araxaense de Letras.
Serviço:
13.º Festival Literário Internacional de Araxá – Fliaraxá
De 1.º a 5 de outubro, quarta-feira a domingo
Local: programação presencial no Teatro CBMM do Centro Cultural Uniaraxá (Av. Ministro Olavo Drummond, 15 – São Geraldo), e programação digital no YouTube, Instagram e Facebook – @fliaraxa
Entrada gratuita
Facebook
Twitter
Google+
YouTube