O que considerar na hora de escolher o método de ensino na Educação Infantil

Quando se trata da educação dos filhos, pais não poupam esforços ou investimento alto para que os pequenos recebam a melhor base acadêmica na primeira infância

As opções de caminho são muitas e a escolha tende a não ser fácil, principalmente se o critério de seleção for a metodologia aplicada nas instituições de ensino. No Brasil, que tem apresentado números pífios em pesquisas sobre o nível educacional de seus alunos, o aspecto preço é, em muitas situações, irrelevante, afinal, o que irá realmente importar é a base educacional e o que as crianças irão adquirir ao longo da vida escolar. “Em um mundo de transformações rápidas, em que os dados são facilmente acessados e conhecimentos e habilidades ora essenciais podem tornar-se irrelevantes rapidamente, os modelos educacionais devem ser focados em ‘ensinar a aprender’, tendo como propósito o desenvolvimento do raciocínio crítico, da autonomia e da capacidade de tomar decisões”, pontua o diretor acadêmico da Maple Bear Canadian School, Peter Vasser.

O mais comum, e popularmente disseminado, é o tradicional, que, a grosso modo, na visão do acadêmico, representa escolas focadas na transmissão unilateral de informação, em um ambiente onde o professor, como detentor do conteúdo, transfere dados aos alunos, que buscam assimilá-los para, eventualmente, mostrarem o quanto dessas informações conseguiram reter. Entre suas atividades, competem: método expositivo, método de trabalho independente, estudo dirigido, conversação didática, trabalho em grupo, atividades especiais, tais como jornal escola, assembleia estudantil, teatro, laboratório, feiras multidisciplinares e até mesmo excursões. “Esse modelo já há tempos não satisfaz os desafios e necessidades do tempo em que vivemos. É preciso explorar outros potenciais das crianças, instigando a curiosidade, de forma a descobrirem, por si mesmas, as respostas”, complementa.

Com abordagens diferenciadas, várias metodologias de ensino têm ganhado popularidade para atender às novas necessidades da educação básica, tal como a Freiriana, a Piaget, a Montessori e a pedagogia Waldorf, entre outras. Na Maple Bear Canadian School, rede de escolas bilíngues canadenses com cerca de 100 unidades instaladas no Brasil e mais de 300 em 16 países, são exploradas as melhores práticas educacionais de cada uma dessas propostas, focada, prioritariamente, nos resultados. “O principal aspecto é a transformação do papel do aluno, que deixa de ser um agente passivo para tornar-se protagonista de seu aprendizado, percebendo em si um membro ativo da sociedade, capaz de inovar, fazer diferença e transformar seu entorno. É também exposto às diferenças, aprendendo a trabalhar colaborativamente em ambientes multiculturais”, explica o diretor acadêmico.

Conceitualmente, a Maple Bear adota as práticas educacionais que fazem do ensino canadense referência internacional, líder em qualidade entre os países de língua inglesa e classificado entre os melhores do mundo em estudos independentes, como o PISA (Programme for International Student Assessment/ Programa Internacional de Avaliação de Estudantes). Bastante pragmático, concreto e reflexivo, envolve abordagens originárias de diversas linhas educacionais, com o objetivo, acima de tudo, de formar indivíduos preparados para atuarem em um ambiente de mudanças rápidas e frequentes, protagonistas de sua própria história e para serem bem-sucedidos em todas as etapas e esferas de suas vidas, no Brasil ou no exterior.

Excelência na prática

Na rede canadense, as atividades, em todas as disciplinas, podem e devem envolver a investigação, o trabalho em projetos temáticos e multidisciplinares, que incentivam a curiosidade, a imaginação, a construção de hipóteses e a experimentação, validando ou refutando propostas e o compartilhamento de conhecimento com colegas e professores. “Nas salas de aula, por exemplo, professores podem utilizar uma bacia de água para testar quais objetos afundam ou com tintas, quando misturadas, quais delas se transformam em novas cores. Dessa forma, os alunos assumem a responsabilidade pela construção do próprio aprendizado e desenvolvem, em última instância, uma verdadeira paixão por aprender ao longo de toda a vida”, explica Vasser.

Para aqueles que procuram na educação básica o complemento com um segundo idioma, é preciso certificar-se das características que envolve esse aprendizado. O que tem demonstrado ser mais eficaz é o por imersão, quando a criança entra em contato com o idioma durante todo o período letivo. Essa abordagem tem como foco promover o aprendizado de forma natural, por meio de estratégias que promovem situações em que as crianças, já beneficiadas pelas características favoráveis da primeira infância, são estimuladas a atuar sobre suas necessidades e desejos em um ambiente em que o inglês é totalmente utilizado. O resultado é a formação de indivíduos verdadeiramente bilíngues, capazes de raciocinar nos dois idiomas e de navegar confortavelmente em ambientes em que ambas as línguas são utilizadas, sem filtros ou bloqueios.