O Brasil é o segundo país que mais realiza procedimentos estéticos, segundo a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética
De acordo com a Pesquisa Global Anual, feita pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps), o Brasil é o segundo país que mais realiza procedimentos estéticos, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Com este mercado em grande ascensão é normal que métodos, como por exemplo o Botox, avancem e ganhem mais destaque. O Botox, que também é conhecido como toxina botulínica, é um dos procedimentos que tem como objetivo reduzir as marcas de expressão faciais.
De acordo com a esteticista e especialista em harmonização facial Aline Martins, o procedimento é simples, rápido e de fácil aplicação. “O profissional avalia o rosto do paciente, identifica os músculos responsáveis pelas rugas e expressões e define os pontos de aplicação. A pele é limpa e, se necessário, aplica-se um anestésico tópico (embora a maioria das pessoas sinta apenas um leve incômodo). Com uma agulha muito fina, o Botox é injetado diretamente nos músculos previamente mapeados. Cada aplicação leva apenas alguns segundos. Após a aplicação, o paciente deve evitar deitar por cerca de 4 horas, não massagear o local e evitar atividades físicas intensas no mesmo dia. O procedimento é rápido (em média 15 a 30 minutos), seguro quando feito por um profissional capacitado e os efeitos começam a aparecer entre 3 a 7 dias após a aplicação, com resultado completo em até 15 dias. Dura, em média, de 3 a 6 meses”, informa.
Ainda segundo Aline Martins, mesmo sendo um dos procedimentos estéticos mais procuradas, o Botox gera controvérsias. “É comum depararmos com dúvidas quanto ao procedimento. Separei os principais mitos e verdades sobre o Botox”, acompanhe:
O Botox só pode ser usado para fins estéticos
Não, o Botox não é usado apenas para fins estéticos. Além de suavizar rugas e linhas de expressão, ele também é amplamente utilizado na medicina para tratar diversas condições, como: enxaquecas crônicas, bruxismo e dores na mandíbula, hiperidrose (suor excessivo), espasmos musculares e distonias, estrabismo, bexiga hiperativa. Ou seja, o Botox tem aplicações terapêuticas e funcionais importantes além da estética.
A partir de que idade deve-se fazer Botox?
A aplicação de Botox (toxina botulínica) não tem uma idade mínima fixa, mas geralmente é indicada a partir dos 25 a 30 anos, dependendo da necessidade individual. Aqui vai um resumo para te orientar melhor:
Prevenção (Botox preventivo)
- Idade: a partir dos 25 anos;
- Indicação: para pessoas que têm linhas de expressão começando a aparecer (principalmente na testa, entre as sobrancelhas e nos olhos) e desejam evitar que essas rugas se aprofundem com o tempo.
Correção (Botox corretivo)
- Idade: geralmente a partir dos 30-35 anos em diante;
- Indicação: para quem já tem rugas visíveis mesmo com o rosto relaxado, buscando suavizar e rejuvenescer a expressão.
Fatores que influenciam a idade ideal:
- Genética (pele mais ou menos propensa a rugas);
- Expressividade facial (quem movimenta muito a testa ou sorri demais, por exemplo);
- Exposição solar;
- Cuidados com a pele (uso de protetor solar, hidratação, etc.)
Os efeitos colaterais do Botox são poucos
Sim, os efeitos colaterais do Botox geralmente são poucos e leves quando o procedimento é feito por um profissional qualificado. Os mais comuns incluem: dor ou vermelhidão no local da aplicação, pequenos hematomas (roxos), cefaleia leve, sensação de peso na testa (em alguns casos), ptose palpebral (queda da pálpebra) — raro e geralmente temporário. Esses efeitos, quando ocorrem, costumam desaparecer em poucos dias. Casos mais sérios são extremamente raros e, na maioria das vezes, estão ligados a erros de aplicação ou a produtos de baixa qualidade.
Todo mundo pode fazer Botox
Não, nem todo mundo pode fazer Botox. Embora seja um procedimento estético bastante seguro quando realizado por profissionais qualificados, ele tem algumas contraindicações.
Veja quem não deve fazer Botox e as contraindicações absolutas:
- Grávidas e lactantes: por precaução, já que não há estudos suficientes sobre os efeitos nesses casos;
- Pessoas com alergia à toxina botulínica ou a algum componente da fórmula;
- Doenças neuromusculares, como Miastenia Gravis, Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) ou Síndrome de Eaton-Lambert;
- Infecção ou inflamação no local da aplicação;
- Contraindicações relativas (precisam de avaliação médica):
- Uso de certos medicamentos, como antibióticos aminoglicosídeos;
- Distúrbios de coagulação ou uso de anticoagulantes;
- Histórico de reações adversas anteriores ao Botox.
Quem aplica Botox fica sem expressão
Não, quem aplica Botox da maneira correta não fica sem expressão. A ideia de “ficar sem expressão” vem de aplicações mal feitas ou excessivas, onde há paralisação exagerada dos músculos da face. Quando o Botox é aplicado com bom senso e por um profissional qualificado, ele suaviza as rugas sem comprometer a naturalidade das expressões. O objetivo é rejuvenescer com naturalidade, e não deixar o rosto “congelado”. Hoje, a tendência é justamente o “Botox natural”, que respeita os traços do paciente e permite que ele continue sorrindo, franzindo a testa e demonstrando emoções — só que com menos linhas marcadas.
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