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Agroindústrias familiares de doces crescem com a rapadura
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Agroindústrias familiares de doces crescem com a rapadura

Agroindústrias familiares de doces crescem com a rapadura

A produção artesanal de doces empreendida por agricultores familiares de Itaguara, na RMBH, tem crescido com base na rapadura e também com em produtos feitos de frutas e de leite. No total, são produzidos no município a média de 35,2 mil quilos de rapadura e 8,7 mil quilos de outros doces por mês.

Emater-MG / Divulgação

Dados do escritório da Emater-MG, empresa vinculada à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), mostram que existem na região rural do município 14 fábricas de rapadura, duas fábricas de doces e uma agroindústria de processamento de leite de cabra que, no momento, está com atividades suspensas.

O extensionista de Bem-estar Social do escritório da Emater-MG em Itaguara, Sérgio Gandra, afirma que a agroindústria familiar é importante fonte de renda local. “Muitos desses produtores têm nessas agroindústrias a maior fonte de renda. Outros, um importante complemento da renda”, argumenta.

Tradição

Entre os produtores de doce de Itaguara, Enilson Magno Teles chama a atenção com a tradicional rapadura feita de caldo de cana-de-açúcar concentrado. Junto à família ele produz 6,4 mil quilos do produto ao mês. É a terceira maior produção de rapadura do município. As rapaduras são compradas pelo sócio de Enilson, José Luiz, dono da propriedade onde está instalada a fábrica, e comercializadas em municípios como Divinópolis, Pará de Minas, Nova Serrana, Bom Despacho, além de Oliveira e Cláudio, entre outros.

A agroindústria de Enilson e José Luiz está em operação desde 2010. Filho de gerações de ‘rapadureiros’ (avós e pais), Enilson conta que nem a crise decorrente da pandemia da covid-19 afetou o negócio. Além das rapaduras comuns que produz (tradicional, pé de moleque, com leite e com mamão), ele investiu recentemente em outra linha de produção, a rapadurinha, que vem embalada em caixa.

Enilson conta que ele e o sócio José Luiz vivem exclusivamente da renda gerada pela fabricação das rapaduras. De acordo com o produtor, a concorrência entre os muitos fabricantes de rapadura não impede de um ajudar o outro. “Quando algum cliente vem comprar rapadura e eu não tenho, indico outro. E ele faz o mesmo comigo. A mesma coisa acontece com a matéria-prima quando falta. Um ajuda o outro”, afirma.

Doces

Doceira de mão cheia, Ana Maria Martins é proprietária da Doces Rancho Paraíso, fábrica que comanda com o marido, Arnaldo Brandão Martins,  há 12 anos.  Ela fabrica 27 tipos de doces de frutas (figo, goiaba, laranja da terra, limão, cidra, marmelo, abacaxi, banana, jabuticaba e maracujá), além de abóbora e leite. A produção, estimada em 800 quilos por mês, varia conforme as safras frutíferas. A produção é comercializada em empórios, delicatéssens, lojas de laticínios e restaurantes.

Emater-MG / Divulgação

“Vendo também para chefs de cozinhas que utilizam alguns doces para preparar receitas. O doce de jabuticaba, por exemplo, é muito usado para fazer molho de carne. Em restaurantes regionais e de outros estados, que oferecem comida mineira, usam meu doce para a culinária e para servir”, conta a produtora.

Ana Maria explica que os doces são bem artesanais e naturais. “Higiene em primeiro lugar. Então eu não uso conservante algum. Meu conservante único é o açúcar e o processo. Como todo doce, ele vai a uma temperatura alta, no mínimo 180 graus, o que aumenta a validade do produto.  Eu uso a embalagem de vidro que dá uma conservação ainda maior, uma garantia maior dessa validade”.

Assim como o produtor Enilson Magno Teles, que tem o atendimento da Emater-MG em questões como cursos de capacitação, análise de terra para o cultivo da cana-de-açúcar e outras orientações técnicas, a produtora de doces Ana Maria Martins também sempre conta com o apoio da empresa pública de extensão rural mineira. “Como temos o pomar, de onde tiramos as frutas, a Emater sempre orienta a gente, na época de poda, adubação. Estou sempre em contato com os técnicos”, confirma Ana Maria.

Outra agroindústria de doce bastante relevante no município é a Doces Cachoeira, de Neide Fátima de Oliveira. Com a ajuda da Emater-MG ela está em processo de regulamentação no IMA. O estabelecimento produz 7,9 mil quilos de variados doces de leite. A matéria-prima vem da própria fazenda.

CRESOL – (Maio/junho 2025)
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