A Prefeitura de Araxá, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, reforça o alerta à população para os cuidados de prevenção e controle de escorpiões. De janeiro a setembro deste ano, o município registrou 67 acidentes com o animal, com maior número de ocorrências nos meses de abril (18) e março (13).
Segundo o agente de endemias Paulo Henrique Honorato, o escorpião é um animal comum em todo o município, independentemente da região. “Muita gente acredita que ele só aparece em terrenos baldios ou em áreas periféricas, mas não é verdade. Escorpiões podem surgir em qualquer lugar onde encontrem abrigo e alimento especialmente locais escuros, úmidos e com presença de baratas, que são sua principal fonte de alimento”, explica.
O agente destaca que o escorpião-amarelo é o mais comum em Araxá e também o mais perigoso, por possuir uma toxina mais agressiva ao organismo humano. Existem ainda o escorpião-marrom, igualmente perigoso, e o escorpião-preto, que vive sob o solo e tem toxina menos potente. Entre os principais cuidados preventivos, está manter ralos tampados, vedar frestas e buracos, instalar veda-portas, sacudir roupas e calçados antes de usar e evitar o acúmulo de entulho e materiais de construção. “Esses animais são muito resistentes e se adaptam com facilidade. O uso de inseticidas, por exemplo, não é eficaz, porque o escorpião fecha as vias respiratórias e pode ficar horas sem oxigênio. Além disso, os produtos acabam desalojando o animal, empurrando-o para dentro das casas”, explica Paulo.
Ele reforça que o escorpião não é agressivo, mas se defende ao ser pressionado. Em caso de picada, a orientação é procurar imediatamente uma unidade de saúde para avaliação médica, principalmente em casos envolvendo crianças e idosos, que são mais vulneráveis aos efeitos do veneno. “Nem todo acidente exige o uso de soro antiescorpiônico, mas é fundamental que o paciente receba avaliação médica. O importante é não aplicar remédios caseiros, não cortar o local e não tentar sugar o veneno”, orienta.
A Vigilância Ambiental realiza vistorias de acordo com as demandas da população. Quando há suspeita de infestação (três ou mais escorpiões encontrados em um curto período), uma equipe vai até o local para vistoria e orientação. Também é feita uma busca ativa em áreas de risco, como cemitérios, onde há maior presença de baratas, o principal alimento do escorpião. “Nosso papel é orientar e ajudar a prevenir. O escorpião faz parte do ambiente, mas é possível conviver com segurança adotando medidas simples em casa”, reforça Paulo. A população pode acionar a Vigilância Ambiental pelo telefone (34) 3691-7120.





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