FestNatal 2026
Carnaval e saúde mental: os aspectos positivos e negativos da folia
Saúde

Carnaval e saúde mental: os aspectos positivos e negativos da folia

Carnaval e saúde mental: os aspectos positivos e negativos da folia

Psicóloga discorre sobre os benefícios da festa para o bem-estar e alerta sobre pontos de atenção para curtir com responsabilidade

“Numa rotina cheia de estresses e responsabilidades, pausas são necessárias”, afirma a psicóloga

Já dizia a música: “paz, Carnaval, futebol: não mata, não engorda e não faz mal”. E, de acordo com a psicóloga da Hapvida NotreDame Intermédica, Ivana Teles, as festividades carnavalescas podem, na verdade, fazer muito bem à saúde mental.

“É um período de muita alegria, muita festa e muita curtição, e um ótimo momento em que a gente pode aproveitar para rever parentes distantes, estar próximo dos nossos amigos, das pessoas que a gente ama. É uma época propícia para confraternizar, pois assim conseguimos ter a nossa dopamina (o chamado ‘hormônio da felicidade’) em dia”, conta.

Outro ponto de destaque é a ludicidade proporcionada pelas fantasias, que trazem à tona “alguns elementos que a gente deixa guardado, muitas vezes, por convenção social, mas que esse período permite ser demonstrado com leveza”, explica.

A especialista ainda ressalta que, além da folia, o Carnaval também pode ser aproveitado para descansar e relaxar. “Numa rotina cheia de estresses e responsabilidades, pausas são necessárias”.

Nem tudo o que reluz é glitter

Ivana Teles ressalta, ainda, alguns aspectos que merecem atenção durante o Carnaval, pois podem representar pontos de alerta, como a ansiedade para a chegada da data, como se aquele fosse o único momento de alegria possível.

“Isso gera o questionamento: qual o estilo de vida que você está levando? Ele depende, necessariamente, de encontrar prazer e divertimento em feriados, fins de semana e férias? Essa análise pode sinalizar um excesso de sobrecarga de trabalho e situações estressantes, fazendo com que esses momentos sejam uma espécie de fuga. Por isso, é importante lembrar que a nossa vida também está dentro da rotina e ela precisa ter equilíbrio”, defende.

A psicóloga alerta para outros tipos de excessos, a exemplo do consumo exagerado de bebidas alcoólicas, de situações que podem colocar a vida em risco ou que podem gerar comportamentos inadequados, como o assédio.

“Muitas mulheres se sentem, muitas vezes, constrangidas, inibidas e, às vezes, até culpadas por algo que não é culpa delas. Porque estavam em determinado local, ou horário da noite, ou usando certo tipo de roupa e pensam: ‘Poxa, a culpa é minha por eu ter passado por isso’. E não é! Então, entender sobre essa dinâmica e pedir ajuda é necessário”.

Não é não!

Segundo dados do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, há um aumento de aproximadamente 20% da violência sexual contra mulheres no Carnaval (MDH, 2019). Isso acontece porque o Brasil ainda é um país marcado pelo machismo, em que a cultura da sexualização ocorre em virtude de parâmetros como roupas e comportamentos. Já de acordo uma pesquisa do Data Popular, em 2016, dos 3,5 mil brasileiros entrevistados, 49% responderam que os conhecidos “bloquinhos” não são lugar para mulher “direita”.

“Nesse período, pessoas mal-intencionadas se aproveitam desse momento de alegria, em que a mulher está se divertindo, desopilando, para usar da aproximação corporal e da invasão do limite de outra pessoa com toques, roubo de beijos e abraços e agarrados sem autorização. Isso tudo é assédio. Além disso, ainda tem a situação em que a mulher diz ‘não’ e o abusador ‘não acredita’, insistindo no assédio”, explica Ricardo Mota, diretor de Comunicação Corporativa e Diversidade da Hapvida NotreDame Intermédica.

O executivo ressalta a importância da conscientização para o tema, pois “quando se fala de violência sexual, não se está falando só de mulheres vítimas, mas também de homens assediadores. É uma luta de toda a sociedade”.

Denuncie!

O Canal Delas, criado pela Hapvida NotreDame Intermédica em parceria com a ONG As Justiceiras, é uma plataforma na qual clientes podem denunciar casos de assédio e violência doméstica. O projeto tem como objetivo suprir a necessidade de canais e sistemas alternativos para combater e prevenir a violência de gênero, e conta com uma força tarefa voluntária de mulheres para oferecer orientação jurídica, psicológica, socioassistencial, médica e rede de apoio e acolhimento.

Para se conectar, basta acessar o link Canal Delas (https://linktr.ee/canaldamulherhapvidandi), disponível 24 horas por dia, sete dias por semana.

GIGA+Fibra
Saúde

Mais notícias da Categoria Saúde

Araxá inaugura sala do projeto Linda Lifetech com tecnologia de Inteligência Artificial para diagnóstico precoce do câncer de mama

Araxá inaugura sala do projeto Linda Lifetech com tecnologia de Inteligência Artificial para diagnóstico precoce do câncer de mama

Portal Araxá 24/11/2025
Novembro Azul: uso indiscriminado de Viagra e tadalafila pode causar danos irreversíveis à saúde

Novembro Azul: uso indiscriminado de Viagra e tadalafila pode causar danos irreversíveis à saúde

Portal Araxá 24/11/2025
Mais de 300 alunos da rede municipal participam da formatura do PROERD em Araxá

Mais de 300 alunos da rede municipal participam da formatura do PROERD em Araxá

Portal Araxá 19/11/2025
Reconstrução mamária é parte essencial do tratamento pós-mastectomia, afirma cirurgião da Unimed Araxá

Reconstrução mamária é parte essencial do tratamento pós-mastectomia, afirma cirurgião da Unimed Araxá

Portal Araxá 19/11/2025
Equilíbrio e Controle: Como o Método Pilates Pode Transformar a Vida de Pessoas com Diabetes

Equilíbrio e Controle: Como o Método Pilates Pode Transformar a Vida de Pessoas com Diabetes

Portal Araxá 14/11/2025
Pilates e Saúde Masculina: Novembro Azul é um convite para o homem cuidar de si

Pilates e Saúde Masculina: Novembro Azul é um convite para o homem cuidar de si

Portal Araxá 07/11/2025