Vendas cresceram 8,6% e compras aumentaram 5,3%, em segundo desempenho positivo na série histórica; São Paulo foi o principal parceiro comercial no período

Pela segunda vez na série histórica (2015-2024), o comércio de Minas Gerais com os demais estados brasileiros registrou superávit. Os dados foram apresentados nesta terça-feira (15/7) pela Fundação João Pinheiro (FJP), com a participação do governador Romeu Zema.
Em 2024, a soma das exportações com as importações entre Minas e outros estados totalizou R$ 1,2 trilhão, valor 7% superior ao registrado em 2023, primeiro ano em que houve superávit.
Com este resultado, a balança do comércio interestadual de Minas Gerais registrou superávit recorde de R$ 21,2 bilhões. No período, as exportações mineiras para outros estados tiveram um incremento de 8,6% e as importações cresceram 5,6%.
Para o governador, a pesquisa ressalta a força da economia mineira no cenário nacional.
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“Esses dados demonstram claramente que a produção de Minas Gerais vem crescendo, fazendo com que tenhamos conseguido um saldo positivo com relação aos outros estados, o que não acontecia antes. Isso evidencia a competitividade da economia mineira, que tem condições de vender mais para os outros estados, trazendo mais desenvolvimento, geração de emprego e investimentos”, destacou Romeu Zema. |
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O levantamento foi realizado pela Fundação João Pinheiro a partir da base de dados das Notas Fiscais Eletrônicas (NFe), disponibilizada pela Secretaria de Estado de Fazenda (SEF). O estudo e um painel interativo de dados já estão disponíveis no site da instituição.
“Os resultados vão proporcionar informações para subsidiar a tomada de decisão do Governo de Minas no âmbito da gestão e das políticas públicas, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social sustentável de Minas” disse a vice-presidente da FJP, Mônica Bernardi.
Números
Os principais produtos da pauta de exportação do estado em 2024 foram os automóveis, suas partes e acessórios, com crescimento nominal de 21,1% do valor exportado para outros estados em relação a 2023 e participação de 10,4% do valor total. São Paulo foi o principal destino desse produto (29,3%). Na sequência, o segundo produto mais exportado por Minas Gerais foi o ferro fundido, ferro e aço. São Paulo e Rio de Janeiro foram os principais destinos.
Máquinas e equipamentos mecânicos ocuparam a terceira posição, com participação de 7,1% e crescimento de 13,7% em relação a 2023. Novamente, São Paulo figurou como destino principal (39,2%). Os produtos farmacêuticos aparecem em quarto lugar, com crescimento nominal de 47,9% na comparação com 2023 e participação de 6,7% no total das exportações de Minas Gerais para outros estados. Os principais destinos foram o Espírito Santo (25,4%) e São Paulo (17%).
As máquinas e equipamentos elétricos foram o quinto principal produto da pauta de exportação interestadual mineira, com aumento de 22,3% do valor exportado e participação de 5,4%. Os principais mercados consumidores foram São Paulo (37,5%) e Rio de Janeiro (10,5%).
Importações
Automóveis, peças e acessórios também foram o principal produto importado de outros estados por Minas Gerais, com participação de 13,2% no valor total em 2024. As importações tiveram origem, principalmente, de São Paulo (45,3%), Paraná (11,8%), Rio Grande do Sul (11,5%) e Pernambuco (9,1%).
Máquinas e equipamentos mecânicos, com participação de 10%, foram o segundo produto mais importado pelo estado, seguido por máquinas e equipamentos elétricos (6,9%) comprados principalmente de São Paulo (56,6%), Santa Catarina (11,2%) e Amazonas (8,7%).
Os combustíveis minerais aparecem na sequência, com participação de 6,5% e importações originadas de São Paulo (50,8%) e Rio de Janeiro (28,7%). Plásticos e suas obras representaram 4,8% das compras mineiras de outros estados, especialmente de São Paulo (53,1%).
Para o pesquisador da Fundação João Pinheiro e responsável pela pesquisa, Lúcio Barbosa, os dados mostram como o poder público estadual pode atuar para potencializar as relações econômicas de Minas com os outros estados da federação.
“Com esses dados, conseguimos ver as principais cadeiras produtivas que o Estado está integrado. Conseguimos ver possíveis lacunas de produtos que poderíamos produzir no estado, ou manter a importação. Também conseguimos pensar em formas de incentivo para aumentar a produção e a competitividade do Estado” explicou.
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