Celebrado em 28 de julho, o Dia Mundial de Combate às Hepatites Virais chama a atenção da população para essas doenças silenciosas que afetam o fígado e podem evoluir para quadros graves, como cirrose e câncer hepático, caso não sejam diagnosticadas e tratadas precocemente.
Em Araxá, a rede pública de saúde atua de forma ativa na prevenção, oferecendo vacinação, testagem gratuita e tratamento para os tipos mais comuns, com foco especial nas hepatites B e C, que representam os maiores riscos de se tornarem crônicas.
De acordo com dados da Vigilância Epidemiológica, o município registrou quatro casos de hepatite B em 2024 e três em 2025. Já a hepatite C teve 17 casos confirmados em 2024 e três em 2025. Não houve registros de hepatites A, D ou E neste período.
Tipos
As hepatites virais são inflamações no fígado provocadas por vírus. Os principais tipos são A, B, C, D e E, com formas distintas de transmissão, gravidade e tratamento:
• Hepatite A: transmitida por água ou alimentos contaminados. Raramente é grave e, na maioria dos casos, se cura espontaneamente. Possui vacina eficaz.
• Hepatite B: transmitida por sangue, relações sexuais e da mãe para o bebê. Pode se tornar crônica e levar a complicações sérias. A vacina é a principal forma de prevenção.
• Hepatite C: geralmente transmitida por sangue contaminado e objetos perfurocortantes. A maioria dos casos se torna crônica, mas há tratamento gratuito com alta taxa de cura. Ainda não existe vacina.
• Hepatite D: só afeta quem já tem hepatite B, agravando o quadro. É evitada indiretamente pela vacinação contra a B.
• Hepatite E: semelhante à hepatite A, com transmissão fecal-oral. Costuma ser leve, mas pode ser grave em gestantes. Não há vacina disponível no Brasil.
Acompanhamento
Em Araxá, o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) realiza exames gratuitos para as hepatites B e C, além de HIV e sífilis. Os testes são rápidos, seguros e oferecidos sem necessidade de agendamento, sempre às segundas, quartas e quintas-feiras, das 7h às 8h, na Rua Calimério Guimarães, nº 850, Centro, anexo ao Laboratório Municipal. Se necessário, o CTA oferece acompanhamento médico com infectologista e acesso ao tratamento medicamentoso por meio do SUS.
A coordenadora do CTA, Roberta Duarte da Silva, reforça que a prevenção começa pela informação e pelo cuidado com a própria saúde.
“Muitas pessoas convivem com o vírus da hepatite sem saber, porque ele pode não apresentar sintomas por muito tempo. Quando descobrimos precocemente, é possível iniciar o tratamento e evitar que a doença evolua para quadros graves como cirrose ou câncer. Além da testagem, a vacinação contra as hepatites A e B é essencial e está disponível gratuitamente na rede pública. São cuidados que fazem toda a diferença na prevenção e no controle das hepatites virais”, destaca Roberta.
A vacina contra a hepatite B é aplicada nos primeiros dias de vida e reforçada por meio da vacina Pentavalente, administrada aos 2, 4 e 6 meses de idade. Já a vacina contra a hepatite A é aplicada em dose única aos 15 meses. Para adultos, a imunização depende da indicação médica e da avaliação do histórico vacinal.
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