Por Redação Política – Análise Especial
Os protestos convocados pela esquerda para este 7 de Setembro, tradicionalmente chamados de Grito dos Excluídos, ficaram marcados por esvaziamento, falta de adesão popular e uma pauta sem coerência. O contraste com as manifestações da direita, que reuniram milhares de pessoas em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro em defesa da anistia ampla e irrestrita, escancarou não apenas a perda de capacidade de mobilização da esquerda, mas também a crescente rejeição ao governo Lula, que já amarga a pior avaliação de sua história política.
Esvaziamento evidente
Na capital federal, o ato da esquerda conseguiu reunir apenas algumas dezenas de pessoas na Praça Zumbi dos Palmares, um número inexpressivo se comparado às multidões que tomaram o gramado da Funarte no mesmo dia, em defesa de Jair Bolsonaro e contra os abusos do STF. Muitos manifestantes da esquerda sequer se dispuseram a enfrentar o sol, preferindo se abrigar sob marquises em vez de participar ativamente.
Em São Paulo, segundo levantamento do Cebrap e da ONG More in Common, foram registradas apenas 8,8 mil pessoas no pico da manifestação na Praça da República — um número modesto para quem pretendia rivalizar com a força da direita na Avenida Paulista.
Hipocrisia histórica
A fragilidade da pauta da esquerda também chamou atenção. O tema central girou em torno da “soberania nacional” e do mote “Sem Anistia”. A contradição é gritante: os mesmos partidos e lideranças que, no passado, defenderam a anistia a presos políticos agora se colocam contra o instituto jurídico quando o alvo são adversários ideológicos. Essa incoerência revela não apenas oportunismo, mas a hipocrisia de uma esquerda que usa a democracia como discurso, mas a rejeita quando não lhe convém.
Governo Lula derrete
O fiasco dos protestos é um retrato da falta de sintonia entre o atual governo e o povo brasileiro. Desde que assumiu o terceiro mandato, Lula não conseguiu convocar grandes atos de rua com apoio popular espontâneo. Todas as mobilizações ligadas à esquerda têm mostrado público reduzido e dependência de sindicatos e aparelhos partidários.
Enquanto isso, a direita, mesmo sob perseguição judicial e censura em redes sociais, tem conseguido reunir multidões em torno de Jair Bolsonaro e da pauta da anistia. Esse abismo de engajamento se reflete diretamente na política: as pesquisas apontam que Lula vive sua pior avaliação como presidente, consolidando um desgaste acelerado e sem precedentes.
Conclusão
O 7 de Setembro de 2025 deixa uma mensagem clara: a esquerda perdeu a rua, perdeu a narrativa e perdeu a confiança popular. Os protestos esvaziados do Grito dos Excluídos apenas confirmam a incapacidade do governo Lula em mobilizar o país em torno de suas pautas e expõem a hipocrisia de um discurso que muda conforme a conveniência política.
Enquanto isso, a direita segue forte, coesa e presente, provando que a voz das ruas não se cala diante das tentativas de manipulação institucional.
Facebook
Twitter
Google+
YouTube