A Igreja Católica mundial no luto pela morte do Papa Francisco, anunciada nesta manhã (21/04) pelo cardeal Kevin Joseph Farrell, diretamente da Capela da Casa Santa Marta, no Vaticano. O Pontífice faleceu às 7h35 (horário local), deixando um legado de amor universal, coragem profética e dedicação incansável aos mais necessitados.
Em pronunciamento emocionado, o cardeal Farrell registrou para o mundo que: “Às 7h35 desta manhã, o Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e de Sua Igreja. Ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados”. A mensagem encerrou com um apelo à gratidão e à confiança na misericórdia divina: “Recomendamos a alma do Papa Francisco ao infinito amor misericordioso do Deus Trino”.
Em nota oficial, Dom Paulo Mendes Peixoto, Arcebispo Metropolitano de Uberaba, expressou a dor da comunidade local: “Perdemos uma grande liderança da nossa Igreja. Agradecemos por tudo que o Papa Francisco deixou de legado: uma Igreja mais comprometida com o Evangelho e com os mais sofridos. Sua simplicidade, sua coragem de falar pelos excluídos e sua visão de uma ‘Igreja em saída’ marcaram gerações. Rezemos para que seu sucessor tenha a mesma sensibilidade de uma Igreja Povo de Deus, que caminha com os pequenos”.
Na ausência do papa Francisco, que morreu nesta segunda-feira, 21, a responsabilidade pela administração da Igreja Católica e do Vaticano é do camerlengo, cargo atualmente ocupado pelo cardeal Farrell, que foi nomeado pelo próprio Francisco em 14 de fevereiro de 2019.
Na véspera de sua morte, o Papa Francisco surpreendeu ao aparecer na sacada da Basílica de São Pedro para a tradicional bênção Urbi et Orbi (à cidade e ao mundo), marcando a Páscoa com um apelo pela paz, justiça e solidariedade global. Suas palavras finais ecoaram como um testamento espiritual: um chamado à Igreja para ser “fermento de compaixão em um mundo fragmentado”.
Eleito em 2013, o Papa Francisco tornou-se símbolo de uma Igreja acolhedora, que priorizou as periferias existenciais e geográficas. Seu papado foi marcado por gestos históricos: o abraço a pessoas com deficiência, o lavatório de pés de refugiados, a defesa da ecologia integral na encíclica Laudato Si’ e o diálogo inter-religioso. Para milhões de católicos, ele foi o “Papa do povo”, que trocou palácios por albergues e discursos por gestos concretos de amor.
Enquanto a Igreja se prepara para a despedida de Francisco e o conclave que elegerá o novo Pontífice, fiéis de Uberaba e do mundo são convidados a participar de missas e vigílias em memória do Papa. Sua morte não é um adeus, mas um convite a perpetuar seu sonho: uma Igreja pobre, para os pobres, e um mundo onde ninguém seja descartado. “O verdadeiro poder é o serviço”, disse certa vez Francisco. Hoje, sua partida nos lembra: o maior legado é o amor que não morre.
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