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Palmeiras sem taças, mas com rumo: por que a temporada 2025 reforça a força do projeto alviverde
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Palmeiras sem taças, mas com rumo: por que a temporada 2025 reforça a força do projeto alviverde

Palmeiras sem taças, mas com rumo: por que a temporada 2025 reforça a força do projeto alviverde

Mesmo sem títulos em 2025, o Palmeiras termina a temporada com a sensação de que o trabalho segue sólido, estruturado e mirando o longo prazo. Para um clube acostumado a empilhar taças nos últimos anos, fechar o calendário sem conquistas naturalmente gera críticas e cobranças. Ainda assim, olhar apenas para o placar final seria uma análise rasa de um projeto que continua sendo referência no futebol brasileiro e sul-americano.

O ano ficou marcado pelo maior investimento da história do clube: quase R$ 700 milhões aplicados em 12 reforços. O retorno esportivo imediato não foi o esperado apenas cinco jogadores realmente engrenaram, o que levou parte da torcida a classificar 2025 como o pior ano da era Abel Ferreira. Mas o próprio Palmeiras faz questão de destacar um ponto essencial: esse dinheiro não foi gasto pensando apenas em um ano, e sim em um ciclo.

O exemplo mais claro é Andreas Pereira, contratado com pagamento diluído em quatro temporadas e que rapidamente se tornou pilar do meio-campo. O mesmo vale para Vitor Roque, contratação mais cara do futebol brasileiro, que oscilou no início, mas fechou o ano com números robustos para um atacante de apenas 20 anos: 20 gols em 56 jogos. Não é exagero dizer que o Palmeiras investiu em presente e futuro ao mesmo tempo.

Riquelve Nata/Sports Press Photo/Getty Images

Além disso, a temporada reforçou um dos maiores trunfos do clube fora das quatro linhas: a gestão. Mesmo sob pressão, a diretoria manteve coerência, evitou decisões precipitadas e seguiu apostando na valorização de ativos. O Palmeiras continua sendo exemplo administrativo, com planejamento financeiro, elenco equilibrado e capacidade de absorver reformulações profundas como a saída de jovens promissores e jogadores-chave sem perder competitividade.

Outro ponto que merece destaque é a capacidade do clube em formar e lapidar talentos. A base segue produzindo joias, e o elenco profissional mantém espaço para jovens se desenvolverem ao lado de jogadores experientes. Em um futebol brasileiro marcado por improviso e imediatismo, o Palmeiras segue na contramão: pensa, planeja e executa.

Nesse contexto, a renovação de Abel Ferreira aparece como uma decisão mais do que acertada. Mesmo em um ano sem títulos, o técnico português mostrou resiliência, coerência de ideias e coragem para lidar com um elenco profundamente modificado. Abel é, hoje, muito mais do que um treinador: é o gestor de um projeto esportivo que já colocou o Palmeiras entre os clubes mais respeitados do continente. A longevidade no cargo não é coincidência, mas resultado de confiança mútua entre comissão técnica e diretoria.

Manter-se por vários anos consecutivos entre os melhores do Brasil e das Américas não é simples ainda mais em um ambiente tão instável quanto o futebol sul-americano. O Palmeiras consegue isso porque tem direção, método e convicção. Mesmo quando erra no mercado, como reconheceu o próprio Abel ao falar do investimento em Paulinho, o clube não perde o rumo.

A temporada de 2025 pode não entrar para a história pelas taças, mas reforça algo talvez ainda mais valioso: o Palmeiras segue sendo um clube sustentável, competitivo e preparado para o futuro. E, no futebol moderno, isso costuma ser o primeiro passo para voltar a vencer.

Veja os reforços do Palmeiras, e quanto clube gastou

Vitor Roque (ex-Barcelona) – 25,5 milhões de euros (R$ 156 milhões)

Paulinho (ex-Atlético-MG) – 18 milhões de euros (R$ 115,8 milhões)

Ramón Sosa (ex-Nottingham Forest) – 12,5 milhões de euros (R$ 80,3 milhões)

Facundo Torres (ex-Orlando City) – 12 milhões de dólares (R$ 72,9 milhões)

Andreas Pereira (ex-Fulham) – 10 milhões de euros (R$ 63 milhões)

Emiliano Martínez (ex-Midtjylland) – 7,5 milhões de euros (R$ 44 milhões)

Jefté (ex-Rangers) – 6 milhões de euros (R$ 38,2 milhões)

Carlos Miguel (ex-Nottingham Forest) – 6 milhões de euros (R$ 37,9 milhões)

Micael (ex-Houston Dynamo) – 5 milhões de dólares (R$ 35 milhões)

Khellven (ex-CSKA) – 5 milhões de euros (R$ 31,6 milhões)

Lucas Evangelista (ex-Bragantino) – 4 milhões de euros (R$ 24 milhões)

Bruno Fuchs (ex-Atlético-MG) – empréstimo, sem custos

Total: R$ 698,7 milhões.

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