CRESOL – SETEMBRO
“Precisamos falar sobre o assunto”: médico intensivista da Unimed Araxá destaca a importância do diálogo sobre o transplante de órgãos
Saúde

“Precisamos falar sobre o assunto”: médico intensivista da Unimed Araxá destaca a importância do diálogo sobre o transplante de órgãos

“Precisamos falar sobre o assunto”: médico intensivista da Unimed Araxá destaca a importância do diálogo sobre o transplante de órgãos

Dr. Luiz Felipe de Ávila Daher, coordenador da UTI do Hospital Unimed Araxá, afirma que o ato é fundamental para oferecer uma segunda chance de vida a muitos pacientes

No Brasil, mais de 60 mil pessoas aguardam por um gesto de solidariedade que pode salvar vidas: o transplante de órgãos ou tecidos. Os números do Ministério da Saúde sobre a fila de espera destacam a urgência de pacientes com condições graves, como insuficiência hepática, renal ou cardíaca e que correm risco de vida.

Segundo o médico intensivista, Luiz Felipe de Ávila Daher, coordenador da UTI do Hospital Unimed Araxá e Conselheiro Administrativo da Unimed Araxá, a doação de órgãos é fundamental para oferecer uma segunda chance de vida a muitos pacientes. “O Brasil é o segundo maior transplantador de órgãos do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, e possui o maior sistema público de transplantes do mundo. Em 2020, por exemplo, mesmo com a pandemia de Covid-19, foram realizados mais de 15 mil transplantes no país, sendo 6.447 de órgãos sólidos (rim, fígado, coração, pulmão, pâncreas e intestino) e 8.690 de tecidos (córnea, pele, osso, tendão, válvula cardíaca e medula óssea). Esses números só foram possíveis graças à doação de 3.760 pessoas, sendo 2.700 falecidas e 1.060 vivas”, comenta o médico.

Dr. Luiz Felipe de Ávila Daher, coordenador da UTI do Hospital Unimed Arax

Legislação e recusa

Órgãos e tecidos podem ser captados de pessoas vivas, como rins, fragmentos do fígado ou pulmão, e, mais comumente, de pessoas que tiveram morte cerebral. A legislação brasileira estabelece critérios específicos para a doação.

Apesar dos avanços, a recusa familiar é um grande desafio. Em 2022, a taxa atingiu 47%, a maior em uma década. “A decisão cabe exclusivamente à família, destacando a importância de diálogos antecipados sobre a vontade de ser doador. As principais razões para a recusa são a falta de informação, desconhecimento da vontade do falecido, desconfiança no sistema de saúde e questões religiosas”, comenta Dr. Luiz Felipe.

Desmistificar alguns conceitos pode ser crucial para incentivar a doação de órgãos. “A doação é voluntária, gratuita e não traz benefício financeiro para o doador ou sua família. Além disso, a retirada dos órgãos é feita com cuidado, respeitando a aparência do corpo do doador, e a distribuição é justa e transparente, seguindo critérios técnicos e éticos”, explica.

A doação de órgãos é um procedimento seguro e regulamentado, seguindo normas e protocolos do Sistema Nacional de Transplantes. “É essencial falar sobre o assunto e, cada vez mais, informar a população sobre a importância desse gesto que salva vidas”, finaliza.

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