A St George iniciou as próximas etapas de implantação do Projeto Araxá, que irá produzir nióbio e terras-raras na cidade. Com sede em Perth, na Austrália, e capital aberto na bolsa do país (ASX), a empresa concluiu a aquisição do projeto em fevereiro e agora dá início às fases de licenciamento, testes metalúrgicos, aprofundamento dos estudos técnicos e ampliação do diálogo com o município, com foco em iniciativas em parceria com a cidade.
Como marco dessa nova fase, o diretor-presidente, John Prineas, e o integrante do conselho de administração da St George Mining, John Dawson, estiveram no Brasil, com destaque para a visita à Araxá (10/06). Na ocasião, reuniram-se com representantes do poder público, das principais instituições e da sociedade local. Segundo Prineas, essa foi a primeira de uma série de visitas que pretende realizar à cidade, colocando em prática o compromisso institucional de manter um relacionamento próximo e aberto com a comunidade.
“Temos um compromisso de longo prazo com Araxá. Nosso objetivo é construir, desde o início, uma relação aberta ao diálogo, transparente, respeitosa e de mão dupla com a cidade e com as pessoas que vivem aqui. O Projeto Araxá nasce de forma integrada ao município e tem a missão de contribuir de maneira concreta para o desenvolvimento, com responsabilidade ambiental, social e econômica”, afirma John Prineas.
O Projeto Araxá, destaca o executivo, integra uma estratégia global voltada à produção de minerais estratégicos, essenciais para a transição energética, fundamental no enfrentamento dos desafios climáticos. “É uma operação de extrema importância internacional, na qual o Brasil, Minas Gerais e Araxá têm um papel relevante”, explica.
A operação da St George em Araxá também contribui para posicionar a cidade no cenário internacional de negócios. “Por meio dessa operação, o nome da cidade tem sido levado aos principais fóruns de negócios do mundo, o que tem potencial para atrair novos investimentos para o município”, acrescenta John Dawson, conselheiro com vasta experiência no setor de mineração e investimentos globais, incluindo passagens por Goldman Sachs e Dresdner Kleinwort Wasserstein. St George conta com a participação de investidores internacionais, por meio da captação de recursos na bolsa australiana.
Divulgação
Produção inovadora
Com início das obras previsto para 2026 e operação a partir de 2027, o projeto estima uma capacidade de produção de até 20 mil toneladas por ano de produtos de nióbio e terras-raras, com investimento total estimado em R$ 2 bilhões. Essa nova geração de empresas do setor mineral, que faz parte da estratégia global de atender à demanda para a transição energética, já nasce comprometida com as melhores práticas de ESG (ambiental, social e de governança).
A produção do Projeto Araxá está sendo estruturada com tecnologias inovadoras, voltadas à otimização de recursos, redução de impactos e geração de benefícios concretos para o desenvolvimento local. “Conciliamos a inovação internacional com o alto nível de conhecimento técnico local”, afirma Thiago Amaral, diretor de ESG e desenvolvimento técnico no Brasil. “Além disso, incluímos a valorização da cultura e da identidade local na rotina de trabalho da nossa empresa em Araxá”, completa.
Essa integração já se manifesta nesta fase inicial do projeto. A alta liderança do Projeto Araxá, no Brasil, é composta exclusivamente por profissionais de Araxá, com fortes vínculos com a cidade. “Nosso time tem amplo conhecimento acumulado sobre os processos de mineração na região, o que faz com que o projeto já nasça com um grau de maturidade que o torna mais ágil”, explica Adriano Rios, diretor de operações.
Os traços da cultura local estão presentes em todos os detalhes do escritório: infraestrutura, fornecedores, uniformes, decoração, arte e até no cafezinho. “Somos uma multinacional com sotaque araxaense”, resume Thiago Amaral. Atualmente, 90% dos fornecedores da empresa são da própria cidade.
Iniciativas regionais e locais
Reconhecido como prioritário pelo Governo de Minas Gerais, por meio de protocolo assinado com a Invest Minas (Instituto de Desenvolvimento Integrado de Minas Gerais), o Projeto Araxá prevê a geração de cerca de 200 empregos diretos, além dos indiretos e da mobilização de fornecedores locais. A empresa mantém parcerias com instituições como EMBRAPII e SENAI para o desenvolvimento de rotas tecnológicas e processos produtivos inovadores. Também conduz, com instituições nacionais e internacionais, um programa contínuo de desenvolvimento tecnológico, visando deixar um legado para Araxá.
Alinhada ao seu compromisso com o desenvolvimento local, a St George lançará ainda neste mês um edital de apoio a projetos socioambientais voltado exclusivamente ao município. O programa foi estruturado com base em diálogos com lideranças locais e na escuta ativa das demandas da população. A iniciativa busca apoiar propostas com impacto positivo no território, mesmo antes do início da operação da empresa na cidade.
Principais marcos do Projeto Araxá
• Ago/2024: Início das negociações
• Out/2024: MoU com InvestMinas (projeto prioritário)
• Nov/2024: Contratação da consultoria socioambiental Alger
• Dez/2024: Parceria com o CIT SENAI ITR
• Jan/2025: Projeto tecnológico com EMBRAPII e SENAI
• Fev/2025: Conclusão da aquisição e captação de recursos na ASX
• Mar/2025: Início dos testes metalúrgicos e elaboração do relatório JORC
• Abr/2025: Apresentação à Câmara de Araxá
• Mai/2025: Reunião com o Conselho Municipal do Patrimônio
• Jun/2025: Apresentação à Prefeitura e atualização à Câmara
• 2026: Previsão de início das obras
• 2027: Previsão de início da operação
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