GIGA+ Janeiro 2025
COVID-19: UFMG identifica 68 bebês que nasceram com anticorpos
Saúde

COVID-19: UFMG identifica 68 bebês que nasceram com anticorpos

COVID-19: UFMG identifica 68 bebês que nasceram com anticorpos

O estudo inédito está sendo realizado em Uberlândia, Contagem, Itabirito, Ipatinga e Nova Lima. Das 506 mães testadas, a maioria passou anticorpos aos filhos

Uma esperança em relação à luta travada contra o novo coronavírus são os bebês que nascem com anticorpos para a doença.  A Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) indentificou 68 bebês, que nasceram com anticorpos IgG  para a COVID-19. As pesquisas mostram que a maioria das mães, que geraram anticoporopos depois de se infectarem pelo Sars-Cov-2, durante a gestação, passou os anticorpos para os bebês por meio de transferência placentária.

Inédito, o estudo uso o material coletado para o teste do pezinho e a testagem das mães para identificar a infecção. A meta é testar 4 mil mães e, até o momento, foram testadas 506 mães e bebês. Os pesquisadores usam a gotinha de sangue do teste nos bebês para identificar a presença dos anticorpos.
Também é feita a coleta de uma gota de sangue da mãe para saber se ela gerou ou não anticorpos.  Das 506 mães testadas, 68 geraram anticorpos e a maioria repassou para os bebês que também foram testados.
Os pesquisadores querem descobrir se o bebê, quando ainda estava no útero da mãe contaminada, desenvolveu algum problema neurológico. Os casos em que as mães testaram positivo para COVID-19 serão acompanhados por dois anos para que os pesquisadores possam investigar  se, a médio prazo, a criança pode desenvolver alguma sequela.  Um grupo de controle, com mães e bebês com resultados negativos, também será acompanhado.
O teste não permite detectar se os anticorpos dos bebês são neutralizantes (ativos), mas já indicam a possibilidade a proteção. Essa descoberta que, confirma a passagem de anticorpos da mãe para o bebê durante a gravidez, pode ajudar a planejar o momento ideal para vacinação dos bebês contra a COVID-19. “Em outras infecções, como no sarampo por exemplo, já se sabe que os anticorpos maternos reduzem a eficácia da vacina contra sarampo, e por isso ela é feita mais tardiamente”, explica a coordenador da pesquisa, a professora da Faculdade de Medicina, Cláudia Lindgren.
As mães testadas são de Uberlândia, Contagem, Itabirito, Ipatinga e Nova Lima. Os critérios para a escolha dos municípios foram a taxa de prevalência de COVID-19, o número de nascimentos por mês e a existência de rede de apoio para eventual necessidade de reabilitação das crianças com alterações nos testes de neurodesenvolvimento.
As mães que participam do estudo não tomaram vacina contra a COVID-19, portanto, os anticorpos que desenvolveram ocorreram como resposta do próprio organismo ao vírus. A coordenador da pesquisa, a professora da Faculdade de Medicina, Cláudia Lindgren explica que o ineditismo da pesquisa.
“Outros estudos já mostraram a presença de anticorpos no bebê, mas a maioria deles investigou a transferência de anticorpos após as manifestações da covid na mãe. Nesta pesquisa, estamos testando todas as mães e bebês, independente delas terem apresentado qualquer sintoma da doença durante a gravidez, porque sabemos que cerca de 80% das infecções são assintomáticas.”
Cláudia destaca que foram realizados estudos científicos com mães que estavam com a doença, o que difere do estudo da Faculdade de Medicina, que investiou mães e bebês que estavam saudáveis no dia da coleta.  A pesquisadora afirmou que 13% da mães infectadas geraram anticorpos, percentual que surpreendeu já que na população em geral gira em torno de 7% a 9%.

TESTE DO PEZINHO EM MINAS

 teste do pezinho é realizado em Minas Gerais pelo Nupad, órgão complementar da Faculdade de Medicina da UFMG. A mesma gota de sangue no papel filtro coletada para a triagem neonatal é utilizada na pesquisa. Dessa forma, os bebês não passam por nenhum procedimento diferente do habitual.

A novidade é a testagem das mães, via punção digital (como é feito o exame de glicose, por exemplo), que são convidadas a participar do estudo nos postos de saúde, no momento do teste do pezinho de seus filhos.

Os pesquisadores pedem às mulheres grávidas das cidades onde o estudo está sendo realizado que participem da pesquisa. Para isso, as mães devem comparecer no dia da realização do teste do pezinho com o bebê e autorizar a participação na pesquisa.
CDK – Permuta
Saúde

Mais notícias da Categoria Saúde

Pilates: um aliado essencial na prevenção e tratamento da osteoporose em mulheres

Pilates: um aliado essencial na prevenção e tratamento da osteoporose em mulheres

Portal Araxá 18/08/2025
Unidades de Saúde de Araxá ampliam atendimentos de atenção primária com horários estendidos em agosto

Unidades de Saúde de Araxá ampliam atendimentos de atenção primária com horários estendidos em agosto

Portal Araxá 13/08/2025
Prefeitura de Araxá estabelece novas regras para emissão de atestados médicos na UPA 24h e nas AMEs UniNorte e Unileste

Prefeitura de Araxá estabelece novas regras para emissão de atestados médicos na UPA 24h e nas AMEs UniNorte e Unileste

Portal Araxá 12/08/2025
Pessoas idosas exigem atenção redobrada no frio

Pessoas idosas exigem atenção redobrada no frio

Portal Araxá 12/08/2025
Agosto Dourado: vacinação para gestantes reforça proteção dos bebês por meio da amamentação

Agosto Dourado: vacinação para gestantes reforça proteção dos bebês por meio da amamentação

Portal Araxá 07/08/2025
Nova lei reconhece fibromialgia como deficiência e demanda adaptações nas empresas 

Nova lei reconhece fibromialgia como deficiência e demanda adaptações nas empresas 

Portal Araxá 01/08/2025