Diante desse cenário, surge uma Embarcar em uma viagem internacional é considerado um sonho por cerca de 49% dos brasileiros, segundo uma pesquisa realizada pela Global Entrepreneurship Monitor (GEM). Dados da ABAV (Associação Brasileira de Agências de Viagens), demonstram que 45% das viagens programadas para o mês de julho são internacionais, um reflexo do desejo do brasileiro em aproveitar a riqueza cultural de outros países.
Mas o cenário externo pode impactar esse movimento. Com a oscilação do dólar comercial, que no último mês teve uma cotação média de R$ 5,50, e as incertezas sobre eventuais aumentos nas taxações de importação de produtos americanos, a necessidade de planejamento para viagens ao exterior se torna essencial. Em 2024, as despesas dos brasileiros no exterior somaram US$14,8 bilhões, o maior valor desde 2019, segundo o Banco Central. Além disso, foram realizadas cerca de 12,8 milhões de viagens internacionais, com gasto médio de R$15,2 mil — uma alta de 22% em comparação a 2022. No segmento de turismo de luxo, esse valor chegou a R$28,5 mil por viagem, de acordo com o Brazil Media Intelligence & Insights Report 2025.
pergunta fundamental: como realizar a viagem dos sonhos sem comprometer o planejamento financeiro e os investimentos?
“O ponto central é entender qual o real impacto de uma viagem no orçamento e nos seus investimentos. O objetivo é garantir que o lazer faça parte da vida, sem comprometer metas financeiras maiores”, explica Marco Loureiro, sócio e líder regional da XP em Minas Gerais.
Ele reforça ainda que ter uma orientação profissional faz toda a diferença nesse processo. “Ter um planejamento financeiro estruturado e contar com um assessor de investimentos competente é fundamental para quem quer realizar seus sonhos — seja uma viagem internacional, trocar de carro ou construir patrimônio de longo prazo. O assessor tem o papel de ajudar o cliente a transformar sonhos em metas concretas, com estratégia, segurança e equilíbrio,“ destaca.
Gastar com consciência, investir com estratégia
Planejar uma viagem internacional vai além de comparar passagens e hospedagens. É essencial considerar a oscilação do câmbio, custos com IOF, taxas de cartão no exterior e, principalmente, o impacto desse gasto no seu patrimônio e nos seus objetivos financeiros.
“Se, por exemplo, uma viagem custa R$ 15 mil, o investidor precisa avaliar se esse valor sairá de uma reserva específica para lazer, de uma renda extra ou se será necessário resgatar parte dos investimentos. Cada decisão tem um peso diferente no plano financeiro de médio e longo prazo”, reforça Loureiro.
Para que a viagem não comprometa os investimentos, Loureiro sugere criar uma reserva específica para lazer e viagens; aproveitar momentos de queda do dólar; ser cauteloso com o uso excessivo de cartão de crédito no exterior, já que o imposto sobre operações financeiras pode encarecer a conta; e incluir a viagem no orçamento anual, assim com investimentos, seguros e outros compromissos financeiros.
“O segredo não é deixar de viajar, mas aprender como isso se encaixa na sua estratégia de construção de patrimônio. Assim, é possível viver o presente, sem abrir mão do futuro,” finaliza Loureiro.
Crédito: Banco de imagens da Freepik
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