ALMG – Crise Climática – Fase 2
Febre em crianças: quando os pais devem se preocupar?
Saúde

Febre em crianças: quando os pais devem se preocupar?

Febre em crianças: quando os pais devem se preocupar?

Pediatra da Unimed Araxá explica o que é, causas e os casos que demandam procurar um médico ou mesmo o pronto atendimento

A febre é uma das queixas mais comuns tanto no consultório quanto na emergência pediátrica. Segundo a médica pediatra da Unimed Araxá, Juliana Guimarães Lacerda Abdanur, ela é uma resposta fisiológica do organismo, não uma doença. “Ela é uma reação de defesa, um sinal de que estamos sofrendo uma agressão física, química ou biológica. Ela ajuda a aumentar nossa imunidade ou defesas contra agentes agressores, provocando vasodilatação para levar mais sangue ao local agredido, aumentar a produção de anticorpos e glóbulos brancos, visando defender, dificultar ou até inibir a multiplicação dos agentes agressores”, explica.

No último consenso da Sociedade Brasileira de Pediatria, a febre foi definida como o aumento da temperatura axilar em valores acima de 37,3 graus. A recomendação para o uso do antitérmico, no entanto, está indicada para crianças que, além do aumento da temperatura, apresentam sintomas como prostração, irritabilidade, choro excessivo, falta de apetite e sonolência. “Tendo em vista que a febre é uma defesa, ela não deve causar pânico, medo nos pais. Com a orientação adequada do pediatra, os pais devem medicar a febre, hidratar bem a criança e observar os sinais de gravidade. O uso de antitérmicos alternados e compressas com álcool não tem comprovação científica de melhora da febre. A medida não farmacológica mais efetiva para diminuição da temperatura é a hidratação da criança”, recomenda.

Quando devemos nos preocupar e levar a criança imediatamente ao pronto atendimento?

Ainda de acordo com a médica, em bebês abaixo de três meses de idade, o primeiro episódio de febre já deve ser avaliado por um pediatra. Também é necessário avaliar crianças que apresentam febre persistente por mais de 72 horas; a criança que mesmo quando a febre cessa apresenta prostração, sonolência ou irritabilidade; febre acompanhada de sintomas persistentes como dores de cabeça, vômitos, manchas avermelhadas pelo corpo, dificuldade em dobrar o pescoço e dificuldade para respirar.

“A febre não é inimiga, ela é um sinal de que nosso potente sistema de defesa está funcionando a todo vapor. Converse com seu pediatra, observe seu filho, fique atendo a sinais de gravidade e não deixe que o medo da febre leve a idas desnecessárias ao pronto atendimento e ao uso indiscriminado de antibióticos”, diz a Dra. Juliana Guimarães Lacerda Abdanur.

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