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Ansiedade e estresse: crises de Diego Hypólito no BBB mostram a importância de cuidar da saúde mental
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Ansiedade e estresse: crises de Diego Hypólito no BBB mostram a importância de cuidar da saúde mental

Ansiedade e estresse: crises de Diego Hypólito no BBB mostram a importância de cuidar da saúde mental

Dra. Janifer Trizi explica como a emoção afeta diretamente a saúde física

O ginasta Diego Hypolito vem enfrentando crises de ansiedade durante sua participação no Big Brother Brasil 2025, o que tem preocupado telespectadores e fãs do atleta. Diagnosticado com TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), depressão e outras questões de saúde mental, ele enfrentou, logo nas primeiras semanas do programa, sua crise mais intensa. Na ocasião, começou a suar frio, teve dificuldades para respirar, ficou imóvel e solicitou ajuda médica no confessionário.

Situações de pressão, como o confinamento, podem atuar como gatilhos para quem já enfrenta problemas dessa natureza. O medalhista olímpico recorre a medicamentos, terapias, uma rotina equilibrada de exercícios físicos e uma alimentação adequada. Entretanto, seu caso destaca que a ansiedade é uma resposta ao estresse e pode ser extremamente debilitante para pessoas neurodivergentes. Além disso, o isolamento social e a constante avaliação pública intensificam o impacto psicológico.

Foto: Divulgação

Quando se trata de ansiedade, o Brasil aparece em primeiro lugar no ranking mundial. Segundo a Organização Mundial da Saúde, mais de 18 milhões de brasileiros sofrem com transtornos de ansiedade, representando cerca de 9,3% da população. As mulheres têm mais propensão a desenvolvê-la, comprovada pelos estudos da SciELO e da Think Olga, apontando que 7 em cada 10 diagnósticos de ansiedade e depressão são de mulheres. Quanto ao estresse, elas também lideram: um estudo da Unesp (Universidade Estadual Paulista) apontou que 78,7% das mulheres afirmaram sofrer estresse, contra 51,8% dos homens.

A médica integrativa e ginecologista, Dra. Janifer Trizi, explica que muito desse cenário tem a ver com a educação às mulheres, onde o corpo cobra um preço alto por esse costume de cuidar somente dos outros. “Desde sempre, fomos ensinadas a cuidar de todos antes de nós mesmas, a engolir a raiva, a carregar o mundo nas costas. Mas o corpo sente. O estresse acumulado, a exaustão emocional e a falta de autocuidado criam o terreno perfeito para que o sistema imunológico se volte contra nós mesmas”.

Um dos conselhos de Trizi é que as pessoas busquem resoluções daquilo que está mal resolvido. “Busque ajuda, como uma psicoterapia, porque está mais do que comprovado na medicina tradicional chinesa e na ayurvédica, 5 mil anos atrás, que toda emoção não resolvida vai gerar uma doença. Você pode melhorar sua alimentação, o que você bebe, o exercício físico, mas se você não cuidar do seu emocional, você vai ficar doente”.

Segundo a médica, se você vive sob tensão, constante canseira, sem energia ou com sintomas que parecem não ter explicação, talvez a raiz do problema esteja além do físico. “Cuidar da sua saúde mental é tão importante quanto cuidar do seu corpo. A terapia não é um luxo. É uma ferramenta poderosa para desbloquear padrões, aliviar o peso emocional e permitir que sua saúde flua de dentro para fora”, pontua.

Foto: Divulgação

A especialista frisa que é necessário ter consciência de que as emoções impactam diretamente na saúde física. “O estresse crônico pode desregular seus hormônios. A ansiedade constante pode aumentar a inflamação no seu corpo, enquanto traumas não processados podem enfraquecer seu sistema imunológico”.

No caso do Diego Hypólito, Dra. Janifer salienta que esses cuidados também valem para os homens. “Apesar de ser ginecologista, lido com muitos pacientes do sexo masculino em meu consultório devido à medicina integrativa com ênfase em longevidade e equilíbrio. Os maridos das minhas pacientes se consultam e espalham a notícia, então, eu também cuido deles”, explica.

Como melhorar a ansiedade e o estresse?

Dra. Janifer ressalta que ações básicas, como exercícios físicos, boa alimentação e um sono regrado, são grandes aliados na hora de equilibrar as emoções. “Dormir pouco está relacionado a maiores riscos de desenvolver sintomas depressivos. A regulação inadequada de neurotransmissores durante o sono pode impactar o equilíbrio emocional”, explica.

A médica sugere que a mulher não se cobre tanto, porque a ideia de uma vida perfeitamente equilibrada é uma ilusão. “A verdade é que a vida é feita de altos e baixos, de conquistas e desafios. Para algumas de minhas pacientes, o simples ato de sair da cama já é uma vitória imensa. E está tudo bem! Cada uma de nós tem seu próprio ritmo e suas próprias batalhas”. Ela conta que sua jornada de 12 a 14 horas de trabalho por dia a levou à conclusão de que é preciso priorizar-se. “Não existe uma fórmula mágica para equilibrar todos os aspectos da vida. Mesmo as pessoas mais bem-sucedidas e influentes enfrentam seus próprios desafios. O importante é encontrar o que funciona para você, aceitar suas limitações e celebrar suas conquistas, por menores que sejam”.

Dra. Janifer Trizi

Pensar positivamente é outro ponto que a profissional destaca. “Nosso cérebro funciona como um grande projetor, transformando nossos pensamentos, emoções e crenças em imagens que moldam a nossa realidade. Tudo aquilo que você pensa repetidamente, sente com intensidade e acredita de verdade, se transforma no ‘filme’ que você enxerga na sua vida. Se você vive alimentando pensamentos de escassez, medo ou incapacidade, adivinhe o que o projetor vai mostrar? Mais situações que reforçam esses sentimentos”, pontua.

Por fim, a médica integrativa sugere que buscar ajuda profissional é sempre uma excelente indicação, pois o tratamento correto para cada caso irá direcionar a pessoa para aquilo que ela realmente precisa, além de tirar o “peso das costas”, causador de tantos males. “Uma pesquisa divulgada pelo Instituto Data Popular mostrou que 54% das mulheres, com histórico de câncer de mama, apontaram fatores emocionais como tristeza, mágoa e rancor como causas para a doença. Nossa mente e corpo estão completamente conectados, e as experiências emocionais podem deixar marcas profundas em nossa saúde. Traumas não resolvidos e emoções não processadas podem contribuir para o desenvolvimento diversas doenças”.

Bem Brasil – fevereiro
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