Médico explica os sintomas e riscos da desidratação e como evitar o problema com dicas práticas para a rotina
O ano de 2024 foi o mais quente já registrado em todo o mundo, segundo a Organização Mundial das Nações Unidas (ONU). Em 2025, em menos de dois meses, os brasileiros já enfrentaram duas ondas de calor e uma terceira se iniciou nesta segunda-feira (17) no país. Inicialmente, os estados mais afetados pela terceira onda de calor no Brasil serão Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina e Paraná, com previsão de expansão para Goiás e Bahia. Períodos assim, com altas temperaturas, levantam um alerta sobre a desidratação e seus riscos à saúde, já que, caso não seja evitada ou tratada, pode ter consequências mais sérias.
Segundo o médico da área de Clínica Médica do AmorSaúde, Dr. Igo Rafael Pinheiro Belarmino, um dos perigos do calor excessivo para as pessoas é a maior perda de líquidos, acelerada pela exposição ao sol. “A sensação de sede pode ser mascarada por estar em ambientes de trabalho com ar-condicionado ou em atividades que exigem concentração”, observa.
O profissional explica que a desidratação deixa sinais, ainda que sutis. Boca seca, fadiga, dor de cabeça, urina mais escura e em menor frequência, pele ressecada, redução da sudorese, além da sensação de sede em si, cuja intensidade depende de cada pessoa e de seu contexto.
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Divulgação
Principais riscos
O médico salienta que existem inúmeros riscos à saúde ocasionados pela falta de hidratação do indivíduo. “Quedas na pressão arterial, aumento da frequência cardíaca e dificuldades na regulação da temperatura corporal, o que pode levar a um quadro de exaustão pelo calor”, aponta.
De acordo com ele, em casos mais graves, pode ocorrer confusão mental, tontura e até colapso, o que afeta a capacidade de concentração e o desempenho no trabalho e outras atividades. Em ambientes muito quentes, os riscos são ainda mais acentuados, já que o corpo perde líquidos de maneira mais rápida pelo suor.
Quanto de água devo beber?
A quantidade de água a ser ingerida diariamente pode representar uma dúvida comum no dia a dia. Esse número exige um cálculo com as medidas individuais, entretanto, não quer dizer que não haja uma média segura para todos.
Belarmino afirma que a recomendação geral é, em cerca, de 2 a 2,5 litros para adultos, podendo haver variação de acordo com idade, peso, nível de atividade física e temperatura do ambiente. “Durante o verão, devido ao aumento da transpiração e à maior perda de líquidos, é importante aumentar essa quantidade. Uma boa prática é consumir de 2,5 a 3 litros de água diariamente, ou até mais, caso se perceba uma maior perda de líquidos devido ao calor ou esforço físico”, reforça.
Como não se descuidar da hidratação
Entre a rotina de trabalho e as demais tarefas, é essencial incluir a hidratação. Um dos objetos “salvadores” é a garrafinha, conta o médico. Outras estratégias que funcionam para melhorar os hábitos de beber água envolvem aplicativos, lembretes e alarmes nos celulares ou computador, e adicionar outros líquidos que auxiliem na regularidade da hidratação.
Segundo Dr. Belarmino, do AmorSaúde, ainda há a possibilidade de acrescentar na alimentação frutas e vegetais ricos em água e que ajudam na hidratação, a exemplo de melancia, pepino, laranja e abacaxi. “Evitar bebidas com alto teor de cafeína e álcool também é essencial, pois essas substâncias têm efeito diurético e aumentam a perda de líquidos. Outra prática simples é garantir uma boa ventilação no ambiente de trabalho, evitando que o calor excessivo favoreça a desidratação”, finaliza.
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